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Estados Unidos

Obama defende estudante após polêmica sobre anticoncepcionais

2 mar 2012 - 18h51
(atualizado às 19h33)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, defendeu nesta sexta-feira uma estudante da Universidade de Georgetown envolvida na polêmica sobre o plano de cobertura de anticoncepcionais que vive o país. Obama ligou para a estudante Sandra Fulke para prestar solidariedade após o polêmico comentarista político e apresentador de rádio Rush Limbaugh ter chamado a estudante de "puta". Sandra é ativista dos métodos contraceptivos e prestou testemunho favorável sobre o tema num comitê do Congresso.

A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, comemorou nesta quinta-feira o segundo aniversário da campanha "Let's Move" ("Mexam-se", em tradução livre), iniciativa cujo objetivo é lutar contra a obesidade infantil no país. A atividade aconteceu na Wells Fargo Arena, em De Moines, em Iowa - Estado que trabalha para se tornar o mais saudável do país em 2016.  Nos Estados Unidos, cerca de um terço das crianças estão acima do peso
A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, comemorou nesta quinta-feira o segundo aniversário da campanha "Let's Move" ("Mexam-se", em tradução livre), iniciativa cujo objetivo é lutar contra a obesidade infantil no país. A atividade aconteceu na Wells Fargo Arena, em De Moines, em Iowa - Estado que trabalha para se tornar o mais saudável do país em 2016. Nos Estados Unidos, cerca de um terço das crianças estão acima do peso
Foto: AP

"O presidente ligou para a estudante de direito da Universidade de Georgetown Sandra Fluke porque queria oferecer seu apoio", explicou nesta sexta-feira o porta-voz da Casa Blanca Jay Carney em sua entrevista coletiva diária. Obama "queria expressar sua decepção" pela estudante ter sido "objeto de ataques pessoais inadequados", e quis agradecer a Sandra por ela ter "exercido seu direito como cidadã ao se posicionar sobre um tema de política pública", acrescentou Carney.

O apresentador, conhecido por suas opiniões ultraconservadoras, pediu que Sandra fizesse filmes em que ela aparecesse fazendo sexo e depois divulgasse os vídeos na internet. Sandra defendeu que as empresas que oferecem seguro médico para seus empregados, incluídas instituições católicas, deveriam incluir cobertura de anticoncepcionais, como estipula a reforma de saúde promovida pela Casa Branca.

"Se vamos ter que pagar para que ela use métodos contraceptivos, então queremos algo em troca", afirmou Limbaugh em seu programa de rádio nesta quarta-feira. A estudante de direito afirmou ter ficado "assombrada" com os comentários durante entrevista para a cadeia MSNBC e acrescentou que os comentários de Limbaugh eram "totalmente inapropriados" e "fora dos limites do discurso civilizado".

A polêmica sobre a cobertura médica dos anticoncepcionais começou depois que uma nova lei de saúde criada por Obama determinava que instituições católicas deveriam oferecer cobertura de métodos anticoncepcionais para suas empregadas. Diante dos protestos dos setores conservadores, Obama modificou o texto para que estas instituições pudessem alegar "objeções religiosas". A norma entrará em vigor em 2013 e obriga hospitais, colégios e entidades sociais a oferecerem um plano de saúde a seus empregados que contemple o planejamento familiar e o controle da natalidade.

EFE   
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