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Estados Unidos

Obama defende espionagem de agências de inteligência dos EUA

18 jun 2013 - 01h04
(atualizado às 01h22)
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O presidente dos Estados Unidos Barack Obama reiterou sua defesa da atuação da Agência de Segurança Nacional americana (NSA) nesta segunda-feira, mas destacou as diferenças em relação à administração de George W. Bush, em especial do ex-vice-presidente Dick Cheney.

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Obama está em Belfast para reunião do G8
Foto: AP

"Algumas pessoas dizem: 'Obama era esse liberal convicto antes e agora é como Dick Cheney'", afirmou o atual presidente americano durante uma entrevista para a emissora PBS.

"Cheney às vezes dizia: 'ok, vamos com tudo'. Minha preocupação sempre foi não que não exista coleta de informações para prevenir atos de terrorismo, mas sim estabelecer um sistema de monitoramento e revisão", disse Obama, em uma tentativa de se afastar das políticas da administração anterior.

O presidente reiterou na entrevista os argumentos de sua administração depois que Edward Snowden, ex-técnico da CIA e da NSA, divulgou no início do mês a existência de dois programas secretos que o governo supostamente utilizava para espionar registros telefônicos e dados digitais de milhões de usuários.

Nesse sentido, Obama reiterou a importância do trabalho das agências de inteligência e insistiu que graças a elas foram evitados ataques terroristas.

"Uma das coisas que as pessoas deveriam entender sobre todos estes programas é que eles nos ajudaram a descobrir planos terroristas, não só nos EUA, mas também no exterior", ressaltou.

A entrevista foi gravada no domingo pela tarde na Casa Branca, pouco antes da viagem de Obama para a Irlanda do Norte para a cúpula do G8 que acontece hoje e amanhã.

"Continuo achando que não temos que sacrificar nossa liberdade para garantir a segurança. Esse é um falso dilema", disse o presidente.

"Eu vejo que o meu trabalho consiste tanto em proteger os americanos como o modo de vida americano, o que inclui a sua privacidade" ·

Com isso, reiterou a "transparência" destes programas que incluem a supervisão de organismos independentes e informam pontualmente o congresso.

Também disse que os programas não foram criados para gravar conversas, apenas fazem a associação de números telefônicos, e rejeitou a figura de um "Big Brother" que vigia todos os e-mails e ligações.

"O que pedi à comunidade de inteligência é que analise o quanto desta informação pode ser desclassificada sem comprometer o programa", afirmou Obama.

Além disso, anunciou sua intenção de se reunir em breve com um conselho de supervisão da privacidade e das liberdades civis para estudar modos para equilibrar as necessidades de vigilância e o respeito ao direito à privacidade.

EFE   
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