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Estados Unidos

Obama defende energias alternativas frente a vazamento de óleo

26 mai 2010 - 18h13
(atualizado às 19h44)
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O presidente americano, Barack Obama, defendeu nesta quarta-feira a pesquisa e o investimento em energias alternativas, depois do vazamento de petróleo no Golfo do México, que a British Petroleum (BP) tentará controlar por meio da injeção de lama no poço. Obama visitou nesta quarta-feira uma fábrica de placas solares em Fremont, no Estado americano da Califórnia, onde disse que o derramamento de óleo, que já dura 36 dias, ressalta a necessidade de fontes alternativas de energia.

Em seu discurso, Obama se referiu aos mais recentes esforços para solucionar o problema e admitiu que "não há garantias" de que a operação de tentativa de selagem do poço funcionará. Se a operação tiver sucesso, segundo Obama, o fluxo de petróleo que vaza no Golfo do México será reduzido. Se fracassar, existem outras alternativas que poderiam ser consideradas.

O presidente americano afirmou que "já foi causado bastante dano" e prometeu que seu governo "não descansará até que o poço esteja fechado" e a mancha negra seja totalmente limpa. A Casa Branca deve divulgar amanhã o relatório do secretário do Interior americano, Ken Salazar, sobre as causas do vazamento e as medidas que devem ser adotadas para evitar que se repita um incidente similar.

Obama visitará o Estado de Louisiana na sexta-feira, para supervisionar de perto as operações de contenção da maré negra. Este será a segunda ocasião em que o presidente vai à região, já que visitou o estado no dia 2 de maio. Em seu discurso, o presidente americano disse que o vazamento, que começou no dia 20 de abril, depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, ressalta a necessidade de pesquisar e utilizar energias alternativas.

"O derramamento no Golfo (...) ressalta a necessidade de buscar fontes de energia alternativas", declarou o presidente americano. Segundo o líder, "as companhias petrolíferas têm que perfurar um quilômetro e meio abaixo da superfície do mar antes de chegar ao fundo do poço, e depois mais um quilômetro e meio antes de chegar ao petróleo". Devido a estes custos e riscos, ressaltou que "este tipo de uso de combustíveis fósseis não poderá ser sustentado. O planeta não consegue suportar".

Obama reiterou sua determinação de conseguir a aprovação no Congresso este ano de uma lei de energia e meio ambiente, uma de suas prioridades legislativas, apesar de por enquanto não parecer contar com o apoio necessário entre a oposição republicana. "Nossa dependência do petróleo estrangeiro coloca em risco nossa segurança e nossa economia. A mudança climática representa uma ameaça para nosso modo de vida", ressaltou Obama.

A Guarda Costeira dos EUA deu nesta quarta seu sinal verde para que a BP leve adiante a operação de injeção de lama no poço. A entidade disse ter aprovado a operação depois de consultar especialistas do governo. A multinacional britânica analisa os testes de pressão feitos no poço durante a noite. No entanto, não se sabe quando operação será realizada.

A BP insistiu nos últimos dias em que este tipo de operação nunca foi experimentado em profundidades de 1,5 mil m e afirmou que as possibilidades de sucesso oscilam entre 60% e 70%. O poço que a BP tenta fechar vaza ao menos 800 mil litros de petróleo por dia no mar, desde a explosão no dia 20 de abril da plataforma Deepwater Horizon.

EFE   
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