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Estados Unidos

Obama chega a Louisiana para avaliar contenção de vazamento

28 mai 2010 - 12h37
(atualizado às 19h57)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta sexta-feira a Nova Orleans, no Estado da Louisiana, para uma segunda visita à zona afetada pelo derramamento de óleo no Golfo do México.

Obama visita praia afetada por vazamento de óleo:

Obama vai se reunir com o comandante da guarda-costeira que coordena as operações no local, almirante Thad Allen, e visitará praia onde serão instaladas barreiras para tentar conter a mancha de petróleo, além de reunir-se com o governador da Louisiana, Bobby Jindal.

A viagem de sexta-feira é a segunda de Obama à costa sul dos EUA desde o início do vazamento em 20 de abril, depois da explosão e naufrágio de uma plataforma de petróleo, que deixou 11 mortos.

Obama vai vistoriar a tentativa da British Petroleum (BP) de selar o poço avariado depois de diversos esforços em vão desde o início do vazamento, em abril. Apenas depois de 48 horas a empresa poderá saber se a operação teve êxito, informou nesta sexta-feira o diretor da British Petroleum (BP), Tony Hayward, à emissora americana ABC.

A petroleira britânica utiliza atualmente dois métodos para tentar interromper o vazamento gerado pelo naufrágio da plataforma Deepwater Horizon, em 22 de abril, a 80 km da costa de Louisiana.

Será bombeado lodo dentro do poço avariado, método que se complementa com outro que se consiste na injeção de resíduos. Finalmente, quando o fluxo tiver sido detido, a tubulação será selada com cimento, explicou Hayward.

No entanto, ele reiterou que é muito cedo para falar em êxito de qualquer dos métodos da operação, que nunca foi realizada a uma profundidade de 1,5 mil m.

O almirante Thad Allen, coordenador da resposta diante do derramamento de petróleo, disse à emissora ABC que o primeiro método, a princípio, parece estar funcionando.

"Com o barro, conseguiram empurrar os hidrocarbonetos para baixo. O desafio agora é colocar barro suficiente no poço para manter a pressão a um nível que lhes permita pôr um tampão de cimento" para selá-lo, explicou Allen.

Segundo um grupo de especialistas contratado pelo governo americano, de 2 a 3 milhões de litros de petróleo estão sendo jogados diariamente no Golfo do México desde 22 de abril, dois dias depois da explosão que matou 11 operários da BP na plataforma Deepwater Horizon.

Desde então, a BP e as agências federais americanas trabalham arduamente para conter e frear a expansão do vazamento.

Obama, que chegou nesta sexta-feira a Nova Orleans, Louisiana, irá se reunir com o almirante Allen e visitará uma praia onde foram instaladas barreiras de contenção contra a mancha de óleo.

Nesta sexta-feira, a União Europeia (UE) anunciou o envio aos Estados Unidos de material especializado para as brigadas que trabalham no vazamento, incluindo três complexos sistemas de braços que serão acoplados às embarcações que participam das tarefas de recuperação do petróleo derramado.

"Somos solidários com nossos amigos americanos que fazem frente a este desastre ambiental", declarou em comunicado Kristalina Georgieva, comissária europeia encarregada da ajuda de emergência.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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