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Estados Unidos

Obama assume segundo mandato pedindo união e esforço aos EUA

21 jan 2013 - 14h53
(atualizado em 4/12/2013 às 14h47)
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Sem muitas referências específicas aos desafios dos próximos quatro anos, mas com grande atenção aos princípios fundadores dos Estados Unidos, o presidente reeleito Barack Obama discursou na tarde desta segunda-feira ao assumir publicamente o segundo mandato à frente da Casa Branca. "Mais do que nunca, precisamos fazer essas coisas como nação e como um povo. (...) Nós somos feitos para este momento", defendeu o 44º presidente americano.

"Hoje, continuamos uma jornada sem fim", disse Obama ao assumir seu segundo mandato na Casa Branca
"Hoje, continuamos uma jornada sem fim", disse Obama ao assumir seu segundo mandato na Casa Branca
Foto: AFP

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"Essa geração de americanos vem sendo testada por crises que têm exigido nossas decisões e provado nossa resiliência", discursou Obama após prestar o juramento em frente à multidão em Washington. "Mas nós sempre compreendemos que, quando os tempos mudam, também nós precisamos fazê-lo. Que a fidelidade aos nossos princípios fundadores requer novas respostas a novos desafios. Que a tarefa de preservar nossas liberdades individuais, ao fim e ao cabo, requer ação coletiva."

Obama assume o segundo mandato no desafio de completar e avançar nas promessas de transformar os Estados Unidos em um país mais igualitário e adaptado ao mundo do século XXI.

"Nós temos que tomar as difíceis decisões para reduzir o custo dos programas de saúde e de reduzir nosso déficit", falou brevemente sobre os duelos travados com os republicanos no Congresso. "Nós, o povo, ainda acreditamos que  nossas obrigações como americanos não se referem somente a nós mesmos, mas a toda posteridade", afirmou, referindo-se aos desafios do aquecimento global.

O democrata, que havia mantido um discurso conciliador durante a campanha, voltou a implicitamente convocar a ala republicana a trabalhar em conjunto. "O progresso não nos força a manter debates centenários sobre o papel do governo por toda a eternidade - mas exige que ajamos em nosso tempo", disse, em referência às críticas ao que os republicanos consideram uma política intervencionista e de ameaça à liberdade individual.

O primeiro mandato de Obama obteve vitórias ao avançar na reforma do sistema de saúde, de debates na direção de uma política de imigração mais compreensiva, e de igualdade de direitos de homossexuais. Mas os debates do período eleitoral mostraram que são mudanças ainda em debate e questionamento no país. "As decisões recaem sobre nós, e não podemos nos dar ao luxo do adiamento. Não podemos confundir absolutismo por princípio, ou substituir espetáculo por política, ou tratar o mero xingamento de debate. Nós precisamos agir, sabendo que nosso trabalho será imperfeito. Nós precisamos agir, sabendo que as nossas vitórias de hoje serão meramente parciais", defendeu o democrata.

"Os Estados Unidos seguirão sendo a âncora de fortes alianças em todos os cantos do planeta, e nós renovaremos essas instituições para ampliar nossa capacidade para lidar com crises no exterior, pois ninguém tem maior parcela em um mundo justo que sua mais poderosa nação", disse o presidente reeleito.

"O que nos torna excepcionais - o que nos torna americanos - é a devoção a uma ideia, articulada na declaração feita há mais de dois séculos: 'Nós tomamos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que eles são empossados por seu Criador com certos direitos inalienáveis, entre os quais estão a Vida, a Liberdade, e a busca por Liberdade.'"

Para comprovar sua crença na união e na capacidade de superação do povo americano, Obama já dispõe nas primeiras horas de seu mandato de um leque variado de desafios de peso. Na economia, republicanos e democratas precisarão chegar a um acordo para a renegociação do teto da dívida. Simultaneamente, Obama abriu uma nova investida em nome da maior legislação do comércio de armas de fogo no país após o massacre de Sandy Hook.

No campo externo, a intervenção francesa no Mali desatou uma crise de segurança no Saara através do ataque de militantes islâmicos a uma instalação de gás na Argélia. Mas, talvez mais delicado que isso, Obama, que ficará na Casa Branca até 2016 - será o período do planejado fim da intervenção no Afeganistão e da retirada das tropas internacionais, em 2014.

Fonte: Terra
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