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Estados Unidos

Obama assinará fechamento de Guantánamo nesta 5ª, diz TV

21 jan 2009 - 22h16
(atualizado às 23h37)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinará amanhã uma ordem executiva para exigir o fechamento, dentro de um ano, da prisão na base naval de Guantánamo, informou nesta quarta-feira a emissora ABC.

No segundo dia de trabalho, Obama deve assinar ainda outras duas ordens que proibirão o uso da tortura e que abrirão uma revisão dos processos de detenção, segundo a emissora, que cita funcionários ligados ao presidente.

Hoje, o conselheiro legal da Casa Branca, Greg Craig, deu informações sobre as três resoluções a membros do Congresso, informou a ABC. A decisão foi muito bem recebida pela ONG Human Rights Watch (HRW), que disse ser um sinal da alta prioridade que é para o novo presidente a reforma da estratégia americana contra o terrorismo.

"O presidente Obama fará um grande avanço para restabelecer a autoridade moral dos EUA", disse Jennifer Daskal, conselheira sobre antiterrorismo da HRW. "Ao fechar um símbolo global de abuso, Obama privará os terroristas de um poderoso instrumento de recrutamento", destacou.

Ontem à noite, Obama havia instruído seu secretário de Defesa, Robert Gates, a pedir aos juízes militares em Guantánamo a suspensão, por 120 dias, dos processos contra as cerca de 250 pessoas que permanecem na prisão. Menos de 24 horas depois do pedido, os julgamentos de seis detidos na base foram suspensos.

Também nesta quarta, Obama recrutou o ex-procurador David Iglesias, demitido no Governo Bush por motivos políticos, para a equipe que se ocupará dos casos dos detidos em Guantánamo. O próprio Iglesias falou hoje de seu novo trabalho em uma entrevista a um canal de TV do Novo México.

"Queremos nos certificar de que os terroristas que cometeram atos de violência serão levados à Justiça, e que os que não (cometeram) serão libertados", disse o procurador, que ocupava um cargo de chefia até ser demitido no fim de 2006.

"Fui promotor em tribunais estaduais, federais e militares. Agora só estou esperando as indicações da nova Administração sobre onde julgar os prisioneiros de Guantánamo", comentou Iglesias. Segundo o ex-procurador, o novo governo fechará a prisão de Guantánamo "no próximo ano".

EFE   
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