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Estados Unidos

Obama agradece "papel extraordinário" de Hillary em seu 1º mandato

28 jan 2013 - 01h40
(atualizado às 10h06)
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, agradeceu neste domingo o "papel extraordinário" de Hillary Clinton, ao elogiá-la como "um dos melhores secretários de Estado" que o país teve, durante uma entrevista conjunta divulgada pela rede televisiva CBS. "O principal é que eu simplesmente queria ter a oportunidade de dizer 'obrigado' publicamente", disse Obama, em trechos divulgados pelo programa 60 Minutes da CBS, ao explicar por que aceitou fazer sua primeira entrevista conjunta com Clinton.

Em entrevista, Obama agradeceu o papel da secretária de Estado em seu primeiro governo
Em entrevista, Obama agradeceu o papel da secretária de Estado em seu primeiro governo
Foto: Reuters

O presidente a citou como uma "amiga sólida", uma grande colaboradora nos últimos quatro anos, reconheceu que vai lamentar sua falta e que gostaria que ficasse. Na entrevista, gravada no último dia 25, Hillary reconheceu que uma entrevista conjunta teria sido "improvável" há alguns anos, devido ao inflamado processo de primárias democratas de 2008, quando ambos disputavam a candidatura à Presidência de seu partido.

Hillary lembrou, por sua vez, que, em suas excursões como chefe da diplomacia americana costuma dizer que "na política e na democracia, algumas vezes se ganha eleições e algumas vezes se perde, e eu trabalhei muito duro, mas perdi a candidatura em 2008". "Esta foi uma oportunidade extraordinária de trabalhar com ele (Obama) como parceiro e amigo, para fazer o melhor possível em nome deste país que ambos amamos, e é algo que sentirei falta", declarou Hillary.

Assim, sua história é de antigos rivais transformados em aliados próximos, e Obama ressaltou que Hillary teve "um papel extraordinário" durante seu primeiro mandato e que "muitos dos sucessos que tivemos em nível internacional foram graças a seu árduo trabalho". Obama, que se confessou um "grande admirador" de Hillary antes das batalhas primárias de 2008, a nomeou secretária de Estado após ganhar naquele ano, tornando-a a terceira mulher a ocupar esse cargo, após Madeleine Albright, durante a Presidência de Bill Clinton, e Condoleezza Rice, sob a de George W. Bush.

Segundo explicou Hillary, Obama deu a ela imediatamente a tarefa de se encarregar da frente internacional enquanto ele brigava com a "grande crise econômica" que aproximava os EUA de uma depressão. Durante audiências no Congresso na quarta-feira passada sobre o ataque contra o consulado americano na cidade líbia de Benghazi de setembro do ano passado, Hillary assinalou que seu trabalho a levou a 112 países, em um período dominado pela luta global contra o terrorismo, o processo de paz no Oriente Médio e a guerra no Afeganistão, entre outros assuntos de envergadura mundial.

Hillary disse várias vezes que quer descansar e passar mais tempo com sua família, e novamente descartou no programa da CBS uma possível campanha presidencial em 2016, embora tenha dito que nem ela nem Obama podem fazer prognósticos sobre o futuro. A já ex-secretária de Estado deixará o cargo no final deste mês e se prevê que o Senado dos EUA confirme sua substituição, o senador democrata por Massachusetts, John Kerry, previsivelmente esta mesma semana.

EFE   
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