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Estados Unidos

Negociação de fronteiras marítimas entre EUA, México e Cuba levará anos, diz diplomata mexicano

18 dez 2014 - 09h47
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Conversas conjuntas entre os EUA, Cuba e México para tratar das fronteiras marítimas dos três países no Golfo do México devem ser complexas e se arrastar para além de 2018, disse um alto representante mexicano na quarta-feira.

Presidente cubano, Raul Castro, e presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, durante encontro em Havana. 29/01/2014.
Presidente cubano, Raul Castro, e presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, durante encontro em Havana. 29/01/2014.
Foto: Alejandro Ernesto / Reuters

Os EUA anunciaram na quarta que os países começariam a discutir as fronteiras como parte de um plano do presidente Barack Obama de restaurar as relações diplomáticas com Cuba. 

Negociações em fronteiras marítimas podem ter implicações para o desenvolvimento de projetos de óleo e gás em águas profundas no Golfo do México, o qual, por décadas, tem sido dominado pelos Estados Unidos. 

Sergio Alcocer, vice-ministro do Exterior do México responsável pela América do Norte, disse que o processo de avaliar o valor e a distribuição de recursos na região era complexa e deve durar diversos anos. 

“Nossos três países são donos do Golfo do México, e a chave é alcançar um acordo para estabelecer as regras sob as quais podemos explorar estes recursos de uma maneira sustentável”, disse Alcocer à Reuters. 

EUA e Cuba delimitaram o espaço marítimo entre os dois países em 200 milhas náuticas da costa, e o México tem seus próprios acordos bilaterais com ambos. 

Mas os três países possuem ainda precisam decidir sobre uma área no Golfo onde as fronteiras ainda não foram fixadas. 

Embora os depósitos de petróleo que o México está buscando explorar estejam longe de Cuba, Alcocer disse que depósitos de gás natural mais perto da ilha podem ser uma questão central nas conversas. 

Alcocer disse achar ser improvável que as conversas serão concluídas sob o comando do atual presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que deve deixar o cargo no fim de 2018. 

Ainda não foram marcadas datas para o começo das negociações, acrescentou. 

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