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Estados Unidos

Mursi rejeita agressão e condena ataque a consulado dos EUA

13 set 2012 - 06h16
(atualizado às 07h40)
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O presidente egípcio, Mohammed Mursi, rejeitou "qualquer agressão" contra o profeta Maomé, mas condenou o ataque contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi (Líbia), em discurso transmitido nesta quinta-feira pela televisão egípcia.

O presidente egípcio, Mohammed Mursi, concede entrevista durante visita à sede da União Europeia, em Bruxelas
O presidente egípcio, Mohammed Mursi, concede entrevista durante visita à sede da União Europeia, em Bruxelas
Foto: Reuters

"Rejeitamos qualquer agressão contra nosso profeta Maomé, sacrificamos nossas almas por ele e nossos corações", disse Mursi, que ao mesmo tempo assegurou que seu governo protegerá "embaixadas, consulados, hotéis e propriedades egípcias e estrangeiras, que não serão alvo de nenhuma agressão".

"Peço a todos que não violem a lei no Egito e não ataquem as embaixadas", disse Mursi. "É nosso dever proteger nossos hóspedes e aqueles que vêm do exterior. Peço a todos que levem em consideração, que não transgridam a lei no Egito e não ataquem as embaixadas", completou o presidente. As imediações da legação diplomática americana no Cairo são hoje palco de enfrentamentos entre a polícia e manifestantes, que já deixaram 16 feridos, desencadeados após os protestos contra um vídeo supostamente realizado por um cidadão americano-israelense no qual Maomé é ridicularizado.

"Nosso profeta é uma linha vermelha e quem o agride se transforma em um inimigo", advertiu o presidente egípcio, que também expressou seus pêsames aos EUA pelo ataque contra seu consulado em Benghazi, onde morreu na terça-feira o embaixador Chris Stevens e três funcionários da legação diplomática.

Mursi destacou que "a agressão contra o ser humano é rejeitada pelo Islã" e ressaltou que nesta manhã falou com o presidente dos EUA, Barack Obama, a quem pediu medidas judiciais contra "os que querem sabotar as relações entre os povos".

Em comunicado, a Casa Branca informou hoje que tanto Mursi como o presidente do Congresso Geral Nacional líbio, Mohammed El-Magariaf, se comprometeram com Obama a reforçar a segurança nas embaixadas dos EUA em seus países e a investigar os ataques contra as legações.

O presidente do Egito reúne-se hoje em Bruxelas com os líderes das instituições da União Europeia (UE) em sua primeira viagem a um país ocidental desde que ocupou a chefia do Estado egípcio.

EFE   
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