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Estados Unidos

Mulheres processam exército dos EUA por impedi-las de combater

27 nov 2012 - 20h02
(atualizado às 20h47)
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Quatro soldados mulheres, entre elas duas condecoradas por mérito pela coragem no Afeganistão, processaram o Pentágono esta terça-feira pela política de manter as mulheres longe dos campos de batalha. Apoiadas pela União Americana de Liberdades Civis (ACLU), a maior organização de direitos humanos do país, as oficiais acusaram a política de ser "uma injustiça contra as mulheres que arriscam suas vidas pelo país".

"Desde menina queria ser piloto da Força Aérea e provei minha habilidade em cada passo que dei", disse a comandante Mary Jennings Hegar, piloto de helicóptero que fazia resgates médicos no Afeganistão. Sua aeronave foi derrubada em 2009 quando estava resgatando três soldados feridos e ela teve que combater com ferimentos de metralhadora.

Por seu heroísmo no campo de batalha, ela foi condecorada com o Coração Púrpura e a Ação Distinguida de Valor. "A habilidade de servir em combate tem muito pouco a ver com o gênero ou qualquer outra generalização. Tem a ver com o coração, o caráter, as capacidades, a determinação e a dedicação", disse. "Esta política é uma injustiça contra as mulheres que nos precederam e arriscam suas vidas por seu país".

As mulheres não têm acesso às unidades de combate em campo, embora muitas delas tenham participado de milhares de combates de qualquer forma. Nos últimos dez anos no Iraque e no Afeganistão, mais de 140 morreram no campo de batalha.

Em fevereiro, o Pentágono anunciou mudanças de estrutura que permitirão às mulheres ocupar mais de 14 mil cargos, a maioria no exército e na Marinha, que antes eram exclusivos para homens. Mas a proibição geral contra as mulheres no campo de batalha permanece e sua presença é proscrita na infantaria, os tanques e as forças especiais.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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