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Estados Unidos

Michael Moore se oferece para pagar parte da fiança de Assange

15 dez 2010 - 10h14
(atualizado às 10h32)
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O diretor americano Michael Moore afirmou nesta terça-feira ter oferecido US$ 20 mil ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para ajudá-lo a pagar sua fiança em Londres, e a seu próprio site e servidores para ajudar o WikiLeaks a revelar segredos do governo.

Advogado de Assange acusa autoridades de criarem um show:

Em um comunicado postado no thedailybeast.com, Moore disse ter enviado na segunda-feira ao tribunal britânico um documento no qual indica estar disposto a pagar US$ 20 mil para ajudar Assange a sair da prisão sob fiança.

Moore, cujos documentários anti-establishment também irritaram o governo dos Estados Unidos e líderes empresariais, criticou as acusações apresentadas contra Assange.

"Tudo que peço é que não sejam ingênuos sobre como o governo trabalha quando decide ir atrás de sua presa. Por favor, jamais acreditem na 'história oficial'", afirmou Moore, acrescentando que, culpado ou inocente, Assange tem o direito de se defender.

Moore também ofereceu a ajuda de seu site, seus serviores, seus domínios e qualquer coisa que "possa ajudar a manter com vida e em desenvolvimento o WikiLeaks enquanto continuar com sua tarefa de expor os crimes que foram tramados em segredo e feitos em nosso nome e com o dinheiro de nossos impostos".

"Franqueza, transparência: estas são as poucas armas que a cidadania tem para se proteger dos poderosos e corruptos... e isso é o que faz o WikiLeaks", elogiou Moore. "O apoio ao WikiLeaks é um verdadeiro ato de patriotismo. Ponto", concluiu.

O vazamento WikiLeaks
No dia 28 de novembro, a organização WikiLeaks divulgou mais de 250 mil documentos secretos enviados de embaixadas americanas ao redor do mundo a Washington. A maior parte dos dados trata de assuntos diplomáticos - o que provocou a reação de diversos países e causou constrangimento ao governo dos Estados Unidos. Alguns documentos externam a posição dos EUA sobre líderes mundiais.

Em outros relatórios, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pede que os representantes atuem como espiões. Durante o ano, o WikiLeaks já havia divulgado outros documentos polêmicos sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, mas os dados sobre a diplomacia americana provocaram um escândalo maior. O fundador da organização, o australiano Julian Assange, foi preso no dia 7 de dezembro, em Londres, sob acusação emitida pela Suécia de crimes sexuais.



AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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