Mancha de óleo se aproxima da costa dos Estados Unidos
2 mai2010 - 16h17
(atualizado às 17h42)
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Empurrada pelos ventos, uma enorme mancha de óleo se aproximou da costa americana neste domingo, ameaçando se tornar uma catástrofe ambiental. O governo dos Estados Unidos aumentou a pressão para que a petrolífera britânica British Petroleum (BP) interrompa o vazamento de seu poço rompido no Golfo do México.
Desde a explosão e do afundamento da plataforma Deepwater Horizon na semana passada, instaurou-se uma situação desastrosa, com centenas de milhares de galões de petróleo bruto vazando sem contenção no Golfo e se movendo em direção norte rumo aos Estados Unidos.
O litoral da Louisiana à Flórida está ameaçado pela mancha de óleo, que se estima esteja cobrindo uma área de 208 km por 112 km e que ainda está aumentando. Muitas das comunidades que estão no caminho da mancha são as mesmas que foram devastadas pelo furacão Katrina em 2005.
No sábado, a extremidade avançada da mancha envolveu a pequena comunidade pesqueira de Venice, localizada 121 km a sudeste de Nova Orleans. Autoridades dizem que dentro de três ou quatro dias as costas do Mississippi e Alabama podem estar em risco.
O presidente norte-americano, Barack Obama, buscando desviar as críticas de que seu governo reagiu com lentidão ao que parece ser o maior vazamento de óleo da história no país, está em visita a Louisiana neste domingo.
O incidente pode acabar rivalizando com o desastre do Exxon Valdez no Alasca em 1989, o pior vazamento de óleo da história dos Estados Unidos.
Esforços desesperados acima e abaixo da superfície do oceano - usando barcos, aviões e até um veículo robô de mergulho - para interromper o vazamento, dispersar e conter a mancha crescente foram severamente prejudicados pelos ventos fortes e o mar agitado.
Após sublinhar a cooperação com a BP no início, autoridades do governo deixaram clara nos últimos dias sua frustração com a companhia sediada em Londres, exortando-a a fazer mais para selar o poço e cortar o fluxo de petróleo.
"Nosso trabalho basicamente é segurar a faca no pescoço da British Petroleum para que eles assumam as responsabilidades que têm tanto diante da lei quanto em contrato para se mexer e deter o vazamento", disse o secretário do Interior dos Estados Unidos, Ken Salazar, ao programa State of the Union, da rede de notícias CNN.
Mas funcionários da BP, que encara bilhões de dólares de gastos com limpeza e ações, disseram que lacrar o poço a 1.6 mil m de profundidade é uma operação de grande complexidade que pode levar semanas e até meses, e não dias.
As autoridades norte-americanas reconheceram no sábado que é "inevitável" que o óleo do vazamento descontrolado no Golfo do México chegue ao litoral dos Estados Unidos, provavelmente começando pelo Estado da Louisiana.
"Há óleo suficiente lá fora para que seja lógico pensar que vai atingir o litoral. É apenas uma questão de onde e quando", disse o oficial da Guarda Costeira norte-americana Thad Allen. "É a Mãe Natureza quem vota neste tipo de coisa."
Importantes rotas de transporte marítimo, áreas pesqueiras, refúgios nacionais de fauna silvestre e praias populares estão no caminho da sopa de petróleo. Até agora os corredores marítimos vitais que levam ao rio Mississippi e aos enormes portos da Costa do Golfo não foram afetados, disseram autoridades.
A região litorânea do Golfo do México e suas áreas pantanosas abrigam centenas de espécies de fauna silvestre, incluindo peixes-bois, tartarugas marinhas, golfinhos, toninhas, baleias, lontras, pelicanos e outras aves.
O Golfo é também uma das áreas pesqueiras mais férteis do mundo, repleta de camarões, ostras, mexilhões, caranguejos e peixes. Sua indústria pesqueira movimenta 1,8 bilhão de dólares e perde apenas para a do Alasca.
Óleo é visto em torno do navio petroleiro Joe Griffin, assim que chega ao local onde ocorreu a explosão da plataforma Deepwater, no Golfo do México
Foto: AP
Mancha de óleo toma conta do mar na costa de Louisiana, no Golfo do México
Foto: AP
Uma plataforma é rodeada por manchas de óleo, no rio Mississippi
Foto: Reuters
Pescadores da região auxiliam como voluntários no carregamento de bóias, em Louisiana
Foto: AFP
Tartaruga morta é vista nas areias da praia de Saint Louis, no Mississipi
Foto: AFP
Tartaruga coberta por óleo é encontrada morta em Pass Christian, costa do Mississipi
Foto: AP
Pássaros cobertos por óleo são vistos na Ilha Brenton Sound, no Golfo do México, ao sul de Lousiana
Foto: AFP
Pássaro manchado pelo óleo voa pela costa de Lousiana
Foto: AFP
Imagem de satélite mostra mancha no contorno da costa de Lousiana
Foto: AFP
Plataforma de petróleo explodiu e pegou fogo, no Golfo do México, costa de Louisiana
Foto: AP
A Guarda Corteira registrou o incêndio após a explosão quando chegava para prestar socorro
Foto: AFP
Guarda Costeira utilizou quatro barcos para controlar as chamas
Foto: AP
Devido à intesidade das chamas, mais barcos tiveram que ser utilizados
Foto: AP
Coluna de fumaça ficou visível à longa distância
Foto: AP
Van transportando operários resgatados deixa a empresa, em Louisiana
Foto: AP
Ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México
Foto: Reuters
Mancha de óleo se movimenta rapidamente e pode atingir em breve a costa americana
Foto: EFE
Petróleo se espalha em região onde ficava a plataforma, no Golfo do México
Foto: AP
A mancha chegou a cerca de 40 km dos pântanos de Louisiana, hábitat de diversas espécies
Foto: AFP
Equipes de emergência iniciaram na quarta-feira a queima controlada da gigantesca mancha de petróleo
Foto: AFP
Autoridades americanas disseram que o vazamento ameaça ser um dos maiores desastres ecológicos da história do país
Foto: AP
Em imagem de satélite, nuvens à direita da imagem cobrem a região onde está a mancha de óleo, próximo à costa da Louisiana
Foto: AFP
Imagem de satélite mostra a mancha de óleo avançando em direção à costa da Louisiana, no Golfo do México
Foto: Reuters
Veterinários limpam um pássaro Gannet do Norte sujo pelo óleo acumulado no mar, em Fort Jackson
Foto: AP
Pesquisadores resgatam tartaruga morta após ser contaminada pelo vazamento de petróleo, em Pass Christian, Mississipi
Foto: AP
Homens colocam barreiras para conter a chegada de óleo na beira da praia de Dauphin Island, no Alabama
Foto: EFE
Trabalhadores retiram algas manchadas de óleo e limpam a praia em Gulfport, no Mississipi
Foto: Reuters
O interior da estrutura de 100 toneladas que será usada para frear o vazamento de petróleo no Golfo do México
Foto: AP
Óleo cobre a superfície do mar, no Golfo do México
Foto: AP
Óleo é queimado no Golfo do México
Foto: Reuters
Ave coberta de petróleo tenta levantar voo junto ao casco de um navio, na região onde acontece o vazamento no Golfo do México
Foto: AP
orda de proteção é amarrada nas águas de Perdido Pass, no Alabama
Foto: Reuters
Manchas de óleo cobrem a superfície do mar
Foto: AP
Pássaro morto sujo de óleo é visto na praia de Grand Isle, na Louisiana
Foto: Reuters
Mancha de óleo se espalha pela margem do rio Mississippi
Foto: AP
Bóias são colocadas ao redor das Ilhas Cat, na baía de Barataria, Golfo do México
Foto: Reuters
Reprodução de vídeo mostra equipamento que tentará fazer a vedação do vazamento de óleo na tubulação
Foto: AP
Imagem de satélite divulgada pela Nasa mostra mancha de óleo (na cor prateada) que se alastra no delta do Rio Mississipi, nos Estados Unidos
Foto: AFP
Manhca de óleo é vista nas águas do Golfo do México
Foto: Reuters
Foto divulgada pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera mostra a mancha de óleo se aproximando dos corais da região de Key Largo, na Flórida
Foto: AP
Biólogos caminham na beira da praia da Ilha Raccoon, na costa da Louisiana
Foto: Reuters
Imagem de satélite mostra a mancha de petróleo no Golfo do México
Foto: AFP
Boias tentam conter o avanço da mancha de óleo na superfície, na ilha de Queen Bess, na Louisiana
Foto: EFE
Barco controla a operação das boias na ilha de Queen Bess
Foto: Reuters
Óleo suja praia na ilha de Queen Bess
Foto: EFE
Barcos colocam boias em região coberta pelo óleo, próximo à baía de Barataria, na Louisiana
Foto: Reuters
Funcionário da BP trabalha na limpeza de praia na Louisiana
Foto: AP
Pelicanos marrons, alguns sujos de óleo, pousam em pedras próximo a Venice, na Louisiana
Foto: AFP
Bóias de contenção do óleo são vistas embaixo de um pier na paria de Gulf Shores, no Alabama
Foto: AP
O presidente americano, Barack Obama, observa trabalhadores limpando bóias de contenção, na cidade de Theodore, no Alabama
Foto: AP
Imagem divulgada nesta quinta-feira pela BP mostra que o vazamento segue acontecendo, apesar das divesas tentativas de contê-lo
Foto: AP
Imagem mostra sistema de sucção, que tenta minimizar o vazamento de óleo no Golfo do México
Foto: Reuters
Imagem divulgada pela BP mostra vazamento de óleo de duto, no Golfo do México
Foto: AP
Garrafa coberta de óleo é vista na praia de Pensacola, na Flórida
Foto: EFE
Obama é cumprimentado por oficial da Guarda Costeira americana ao chegar em Louisiana
Foto: AP
Barco navega pelas águas contaminadas pela mancha de óleo, no Golfo do México
Foto: AP
Uma marca de uma pegada na areia é preenchida com o óleo que já chegou à praia de Dauphin Island, no Alabama
Foto: AFP
Pelicano manchado pelo óleo é visto na praia da Ilha East Grand Terre, na costa da Louisiana
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