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Estados Unidos

Ku Klux Klan protesta contra remoção da bandeira confederada

Símbolo da segregação e escravidão no sul dos Estados Unidos foi retirado do Capitólio de Columbia, na Carolina do Sul, em 10 de julho

18 jul 2015 - 20h26
(atualizado em 19/7/2015 às 08h21)
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Um membro da Ku Klux Klan proclama a supremacia branca durante marcha realizada em Columbia
Um membro da Ku Klux Klan proclama a supremacia branca durante marcha realizada em Columbia
Foto: ERIK S. LESSER / Efe

Membros do Ku Klux Klan, que proclama a supremacia branca, e do grupo radical a favor da população negra New Black Panther Party fizeram marchas nesse sábado em Columbia, na Carolina do Sul, uma semana depois de a bandeira confederada ser removida do legislativo estadual.

A bandeira confederada foi retirada dia 10 de julho do Capitólio de Columbia, capital da Carolina do Sul, após mais de meio século ondeando como símbolo do passado, ainda não completamente digerido, de segregação e escravidão no sul dos Estados Unidos.

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Hoje dezenas de membros dos "Cavaleiros Leais Brancos", uma facção do Ku Klux Klan, realizaram uma manifestação para criticar a remoção desta polêmica bandeira, símbolo durante a Guerra Civil (1861-1865) dos estados do sul que defendiam a escravidão.

Ondeando bandeiras confederadas, algumas delas com o símbolo nazista, integrantes do KKK xingaram os afro-americanos que passavam por ali, e que horas antes tinham realizado uma vigília próximo ao Capitólio para celebrar a retirada da bandeira confederada.

A tensão causa pela proximidade dos grupos fez as autoridades dobrarem a presença de agentes com coletes anti-balas e capacetes.

Membros de grupos supremacistas brancos reúnem-se nos degraus do Capitólio de Columbia, na Carolina do Sul
Membros de grupos supremacistas brancos reúnem-se nos degraus do Capitólio de Columbia, na Carolina do Sul
Foto: ERIK S. LESSER / Efe

As manifestações foram programadas pouco depois de a governadora Nikki Haley sancionar a lei, aprovada pelo congresso estadual que autorizou a retirada da bandeira do legislativo estadual.

A insígnia voltou a ser motivo de polêmica por causa do tiroteio em uma igreja afro-americana na cidade de Charleston, no norte do estado, em 17 de junho, que deixou nove mortos.

Dylann Roof, autor confesso do massacre, afirmou que seu objetivo era provocar uma "guerra racial", declarou, e fotos suas enrolado na bandeira confederada foram divulgadas, o que disparou o debate nacional sobre este símbolo.

Manifestante queima a bandeira confederada em Columbia
Manifestante queima a bandeira confederada em Columbia
Foto: ERIK S. LESSER / Efe

"A força e a graça do povo da Carolina do Sul demonstrada nas últimas três semanas inspirou nossa família, nossos vizinhos e o mundo inteiro", assinalou em comunicado a governadora Haley, que pediu à população que evitasse os arredores da sede legislativa hoje.

"Esperamos que os residentes se mantenham afastados dos grupos do Ku Klux Klan, e em vez de promover a separação, nos mantenhamos unidos como o povo que somos", afirmou.

O prefeito de Columbia, Steve Benjamin, também emitiu uma mensagem que pedia aos moradores que não participassem das manifestações.

Carolina do Sul removerá bandeira confederada do Capitólio:
EFE   
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