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Estados Unidos

Justiça rejeita recurso, e réu é executado após 21 anos no corredor da morte

29 mai 2013 - 21h22
(atualizado às 21h59)
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As autoridades do Estado da Flórida (EUA) executaram nesta quarta-feira por meio de uma injeção letal um homem que estava há 21 anos no corredor da morte condenado por estuprar e estrangular uma menina em 1990, confirmou o Departamento Estadual de Prisões.

Como estava previsto, Elmer Leon Carroll, 56 anos, foi executado na penitenciária estadual de Raiford por volta das 18h locais (19h de Brasília), após ter sua última refeição: ovos fritos com toucinho e tomate, abacate, leite, biscoitos e salada de frutas com morangos, mamão, pêssego e abacaxi.

Poucas horas antes, a Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou um último recurso de sua defesa alegando que ele tinha problemas mentais quando matou Christine McGowan, uma menina de dez anos que vivia perto do albergue onde estava hospedado o condenado, que já tinha sido detido em algumas ocasiões anteriores por acossar menores e inclusive tinha expressado a um amigo um certo interesse por esta menina.

A jovem foi encontrada morta em seu quarto por seu padrasto, e a polícia não demorou para localizar Carroll, que tinha marcas de sangue da menina no corpo, enquanto no quarto onde estava a garota foram achados traços de sêmen e saliva do estuprador, conforme foi revelado durante o julgamento.

Carroll foi condenado à pena capital e a uma prisão perpétua em 1992 pelo estupro e estrangulamento da menina em novembro de 1990 perto de Orlando (Flórida).

Durante mais de duas décadas, seus advogados tentaram provar que ele estava psicologicamente doente quando assassinou a criança e que não deveria ser executado por isso. Por fim, o governador da Flórida, Rick Scott, assinou a ordem de sua execução no mês passado.

Apesar de ter passado 21 anos no corredor da morte, Carroll não estava entre os que permanecem há mais tempo na espera, já que entre os 405 presos que aguardam execução na Flórida, há quem esteja nesta situação há mais de 40 anos.

Agora, o governador da Flórida tem sobre a mesa uma lei que visa diminuir esses prazos e agilizar as execuções. Atualmente, pelo menos 13 réus esgotaram todos os recursos possíveis e estão no chamado processo de clemência.

O projeto de lei conhecido como "Time Justice Act" (HB 7083), que só está pendente da assinatura de Scott, não só limita o número de apelações possíveis por parte dos acusados, mas reduz o prazo para que o governador emita uma ordem de execução assim que expirar o processo de clemência.

Desde que em 1979 foi restaurada a pena capital na Flórida, foram executadas 75 pessoas, seis delas desde que Scott assumiu seu cargo, em 2011. Apenas em 2013, ele assinou cinco ordens de execução, um ritmo jamais visto neste estado, embora até o momento só uma pôde ser aplicada, porque as demais têm recursos pendentes.

EFE   
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