Júri dos EUA condena saudita por ataques contra embaixadas na África
Um saudita descrito por promotores como um dos auxiliares em que Osaba bin Laden mais confiava foi condenado por um tribunal federal de Nova York nesta quinta-feira devido ao seu envolvimento nos atentados a bomba de 1998 contra embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia.
Khalid al-Fawwaz, de 52 anos, pode ser sentenciado a prisão perpétua após ter sido condenado por um júri em quatro acusações de conspiração.
O promotor público norte-americano Preet Bharara disse que o veredicto representa a 10ª condenação ligada aos ataques, que mataram 224 pessoas e feriram mais de 4 mil.
"Esperamos que esse veredicto ofereça algum conforto às vítimas da Al Qaeda ao redor do mundo", disse Bharara em comunicado.
Al-Fawwaz não foi acusado de planejar os ataques. Em vez disso, os promotores afirmaram que ele teve uma função-chave como contato de Bin Laden enquanto vivia em Londres, disseminando na mídia declarações de guerra por parte de líderes da Al Qaeda e enviando equipamentos a membros do grupo na África.
Al-Fawwaz também foi acusado de operar um campo de treinamento da Al Qaeda no Afeganistão no início dos anos 1990 e de ajudar na liderança de uma célula da Al Qaeda em Nairóbi, a mesma que posteriormente conduziu missões de vigilância prévias aos ataques contra a embaixada norte-americana localizada na capital nigeriana.
Um dos advogados de defesa, Bobbi Sternheim, disse que al-Fawwaz vai apelar da decisão.
(Reportagem de Nate Raymond e Jonathan Stempel)