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Estados Unidos

JFK volta às telas às vésperas do 50º aniversário de sua morte

3 jun 2013 - 10h19
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Em novembro próximo completam-se 50 anos do assassinato do ex-presidente americano John Fitzgerald Kennedy, figura política que parece não perder importância em Hollywood após o anúncio da filmagem de um novo projeto sobre sua vida.

Apesar de o ex-presidente ter sido tema para cinema e televisão inúmeras vezes anteriormente, "Killing Kennedy" é mais um trabalho que se soma à lista.

Trata-se de um drama de duas horas que o canal "National Geographic" transmitirá no final do ano e será protagonizado pelo ator Rob Lowe, cujo elenco conta com nomes como Cliff Robertson, Martin Sheen, Bruce Greenwood e Greg Kinnear, que vai encarnar o histórico ex-presidente americano.

Em agosto chegará às salas de cinema "The Butler", história sobre Eugene Allen, mordomo que serviu na Casa Branca a oito presidentes entre 1952 e 1986, e na qual James Marsden dá vida a JFK.

Mas, possivelmente, o filme mais lembrado em torno de sua figura é "JFK" (1991), que recria a polêmica versão do diretor Oliver Stone sobre o atentado que custou a vida de Kennedy no dia 22 de novembro de 1963 em Dallas (Texas), definida como "a grande mentira" pelo ex-presidente Gerald Ford em um artigo publicado no "Washington Post".

Ford foi membro da Comissão Warren, que, em suas conclusões sobre o assassinato de Kennedy, apontou um só nome, o de Lee Harvey Oswald, como culpado. "O que aconteceu com a verdade?", se perguntou Ford, alegando que o filme omitia as "evidências" encontradas pelos analistas que integravam a comissão presidida pelo juiz Earl Warren.

Stone argumentou em seu trabalho que Oswald foi um "espantalho", com o papel de encobrir uma conspiração que englobava a CIA, a máfia e a polícia de Dallas, e que o próprio sucessor de Kennedy, Lyndon Johnson, encobriu a verdade a respeito.

O cineasta teve como protagonista Kevin Costner, no auge de sua carreira, no papel do promotor Jim Garrison, o controverso defensor da hipótese da conspiração que, em 1988, publicou o livro "On the Trail of the Assassins".

O título serviu como base para o filme, que teve em seu elenco a presença de Sissy Spacek, Jack Lemmon, Walter Matthau, Donald Sutherland, Joe Pesci, Tommy Lee Jones, Kevin Bacon e Gary Oldman.

Atualmente, está sendo rodado em Nova Orleans "The Kennedy Detail", um filme feito como uma espécie de resposta à teoria da conspiração sobre a morte de JFK do ponto de vista de seu serviço secreto.

Kennedy não foi recriado por um ator no filme de Stone, mas foram usadas imagens documentais. Por outro lado, outros longas-metragens como "Treze Dias Que Abalaram o Mundo" (2000) e "O Herói do PT-109" (1963) fizeram dois dos retratos mais fiéis a sua figura real.

"Treze Dias...", de Roger Donaldson, abrangia a crise dos mísseis de Cuba desde o momento em que Kennedy, encarnado por Bruce Greenwood, recebia as fotos de técnicos russos instalando mísseis balísticos no litoral caribenho.

Já "O Herói do PT-109", de Leslie H. Martinson, sobre as experiências de JFK na Segunda Guerra Mundial, entrou para a história por ter recebido o sinal verde do próprio Kennedy para que Cliff Robertson o interpretasse no cinema.

Na televisão, foram marcantes as atuações de William Enovele, ganhador do Emmy com "The Missiles of October" (1974); Martin Sheen na minissérie "Kennedy" (1983); e Stephen Collins na minissérie "A Woman Named Jackie" (1991).

Acrescentam-se à lista, ainda, Patrick Dempsey no filme para a TV "JFK: Reckless Youth" (1993), e o mais atual, o de Greg Kinnear na minissérie "The Kennedys" (2011), pela qual concorreu ao Emmy.

Esta última estreou em abril de 2011 após um polêmico cancelamento no "History Channel". A minissérie foi criticada publicamente por Theodore Sorensen, ex-assessor de JFK, que chamou o projeto de "vingativo" e "malicioso", e a imprensa do país afirmou que não era do agrado da família Kennedy, cujos membros pressionaram para que ela não fosse ao ar.

"The Kennedys" finalmente encontrou lugar na grade do "ReelzChannel", um canal independente por assinatura. A revista especializada "The Hollywood Reporter" chegou a sugerir que, por trás do cancelamento, estavam as pressões de Caroline Kennedy, filha de Jackie e JFK; e de Maria Shriver, sobrinha do ex-presidente e ex-mulher de Arnold Schwarzenegger.

EFE   
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