Japão: vazamento do WikiLeaks é um delito sem justificativa
30 nov2010 - 10h15
(atualizado às 10h31)
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O governo japonês criticou o vazamento dos documentos do site WikiLeaks e classificou o fato como "um delito sem nenhuma justificativa", afirmou o ministro de Exteriores, Seiji Maehara, nesta terça-feira.
"Roubaram informação de outros países e divulgaram sem permissão", apontou Maehara, segundo a agência local Kyodo.
Contudo, ao contrário de outros países, o Japão não foi prejudicado diretamente pela divulgação dos 250 mil documentos secretos enviados por diplomatas dos Estados Unidos.
Com o vazamento, foram divulgadas opiniões pouco favoráveis de representantes dos EUA sobre líderes internacionais, o que resultou numa dura resposta da secretária de Estado, Hillary Clinton.
O ministro de Exteriores japonês indicou que Washington notificou a Tóquio anteriormente que o WikiLeaks publicaria as informações.
O ministro da Defesa do Japão, Toshimi Kitazawa, apontou nesta terça-feira que é preciso verificar as intenções do WikiLeaks e saber se essas publicações terão impacto nos Estados Unidos e nos países aliados.
Em reunião com a embaixadora americana Liliana Ayalde, o ministro das Relações Exteriores paraguaio Hector Lacognata disse que o vazamento "é uma questão delicada, que requer prudência"
Foto: Reuters
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, qualificou o vazamento como uma "atuação lamentável", que espera que não traga consequências para "a segurança da Alemanha e de seus aliados"
Foto: AP
Hillary afirmou que o Departamento de Estado tomará "medidas agressivas" para responsabilizar quem roubou as informações
Foto: AP
Mahmoud Ahmadinejad acredita que a "conspiração" não vai afetar as relações entre os países árabes
Foto: AP
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que os vazamentos do WikiLeaks oferecem uma prova clara de que o mundo árabe concorda com a avaliação de Israel de que o Irã é o principal perigo para o Oriente Médio. Netanyahu afirmou que os documentos divulgados revelam que Israel e os países árabes moderados têm muito mais em comum do que reconhecem publicamente. "A maior ameaça contra a paz mundial provém do armamento nuclear do regime iraniano", acrescentou
Foto: Reuters
O secretário de imprensa dos EUA, Robert Gibbs, disse que a Casa Branca condena os vazamentos, que qualificou de "irresponsáveis" e disse que eles colocam a vida de diplomatas em risco