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Estados Unidos

Interpol pede que países reforcem segurança após morte de Bin Laden

2 mai 2011 - 04h52
(atualizado às 10h35)
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A Interpol, agência internacional de polícia, advertiu nesta segunda-feira que a morte do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, pode levar a represálias pelo mundo e pediu que os países-membros elevem suas medidas de segurança.

"O terrorista internacional mais procurado já não existe. Mas a morte de Bin Laden não representa o fim dos afiliados à Al-Qaeda e daqueles inspirados pela Al-Qaeda, que promoveram e continuarão a promover ataques terroristas em todo o mundo", advertiu em um comunicado o secretário-geral da organização, Ronald Noble.

"Precisamos por isso permanecer unidos e focados em nossa cooperação e nossa luta em andamento, não apenas contra essa ameaça global, mas também contra o terrorismo promovido por qualquer grupo em qualquer lugar", afirmou Noble.

A Interpol é uma central de informações internacional que auxilia na cooperação de polícias de diferentes países e tem 188 países-membros.Segundo Noble, a organização está "em alerta total por atos de retaliação se a Al-Qaeda tentar provar que ainda existe".

Segurança intensificada
Vários países também anunciaram medidas para intensificar a segurança após a notícia da morte de Bin Laden. O ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, que está no Cairo, no Egito, disse à BBC ter ordenado uma revisão dos sistemas de segurança das embaixadas do país em todo o mundo, por temor de represálias da Al-Qaeda. "Poder haver partes da Al-Qaeda que tentarão mostrar nas próximas semanas que ainda estão ativas, como de fato algumas estão", afirmou.

O ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, afirmou que a morte de Bin Laden é extremamente simbólica, mas advertiu que há outras pessoas prontas a assumir o lugar de Bin Laden. "A estrutura da Al-Qaeda permanece no lugar e há um número dois e um número três. Já vimos isso no Afeganistão, quando uma rede é desmantelada e logo aparece uma reposição", disse.

"Há grupos descentralizados, que dizem ter ligações com a Al-Qaeda, mas que têm certa autonomia e que continuarão seu trabalho. A ameaça do terror não desapareceu, então precisamos permanecer completamente vigilantes", afirmou ele à rádio Europe 1.

"Alívio"
A chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, Angela Merkel, disse ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que está "aliviada" com a morte de Bin Laden, mas advertiu que o terrorismo internacional ainda não foi derrotado. Segundo ela, "as forças da paz" tiveram sucesso na operação da noite de domingo, mas todos devem se manter vigilantes.

O Japão, outro aliado americano, também anunciou o aumento das medidas de segurança nas bases de suas Forças de Autodefesa por temor de ataques de represália. O ministro japonês das Relações Exteriores, Takeaki Matsumoto, disse que a morte de Bin Laden é "um progresso significativo das medidas de antiterrorismo", mas advertiu que "isso não é o fim da história".

"É preciso manter o olhar atento sobre as atividades da Al-Qaeda, com a comunidade internacional cooperando de maneira próxima e lidando com a questão com firmeza", disse ele.

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Foto: Reuters
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