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Estados Unidos

Interpol alerta para atentados se o Alcorão for queimado

9 set 2010 - 13h28
(atualizado às 14h43)
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A organização internacional de cooperação policial Interpol lançou nesta quinta-feira um alerta global a seus 188 países membros advertindo que existe uma grande possibilidade de atentados pelos planos do grupo integrista cristão americano de queimar exemplares do Alcorão no nono aniversário dos atentados de 11 de setembro.

O alerta foi lançado a pedido das autoridades do Paquistão, segundo o comunicado. A Interpol vincula os possíveis ataques "contra inocentes" com o projeto de um pastor de uma pequena igreja fundamentalista da Flórida de queimar exemplares do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos, no próximo sábado, aniversário dos atentados em Nova York, Washington e Pensilvânia, nos quais morreram quase 2,8 mil pessoas.

O ministro do Interior paquistanês, Rehman Malik, entrou em contato com o secretário-geral de Interpol, Ronald K. Nobre, para alertá-lo dos possíveis riscos, como informou a organização policial com sede na cidade francesa de Lyon. Pelo alerta da Interpol, os eventuais ataques se produziriam se o pastor americano Terry Jones cumprir seu anúncio, o que as autoridades norte-americanas tentam impedir.

O secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, disse que advertiu aos Estados membros que "se o propósito de queimar o Alcorão for realizado como está planejado, há fortes probabilidades de que ocorram depois ataques violentos contra gente inocente". "Apesar de na atualidade não haver detalhes específicos sobre que tipo de atentados terroristas ocorrerão, o que está claro é que se o Alcorão for queimado, como está planejado, haverá consequências trágicas", afirmou Noble em uma declaração.

"Dado que tivemos conhecimento de uma ameaça significativa para a segurança pública", afirma, é dever da Interpol transmitir a informação recebida para que as agências de segurança de todo o mundo "possam tomar as medidas apropriadas". Nobre acrescentou que participar de atos provocativos no dia 11 de setembro, em particular nos EUA, "é oferecer aos terroristas a ocasião de elogiar esse dia e inspirar outros ataques contra esse país e contra outros ocidentais".

Com informações das agências AFP e Efe.

Fonte: Redação Terra
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