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Estados Unidos

Indicada de Obama para ONU promete pressionar por ação na Síria

17 jul 2013 - 18h55
(atualizado às 19h15)
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A indicada pelo presidente norte-americano Barack Obama para ser a nova embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas, Samantha Power, prometeu em sua sabatina no Senado nesta quarta-feira que irá pressionar por uma ação na Síria e combaterá o "viés inaceitável" contra Israel na entidade.

"Vemos o fracasso do Conselho de Segurança da ONU em responder à carnificina na Síria, uma desgraça que a história julgará com dureza", disse Power, de 42 anos, conhecida ativista dos direitos humanos, em audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado.

A indicada de Obama deve ter amplo apoio na comissão e no plenário do Senado, num processo que deve ser concluído na semana que vem.

Durante uma sabatina em tom amistoso, Power, ganhadora do Prêmio Pulitzer por seu estudo sobre os fracassos dos EUA em impedir genocídios, qualificou a situação síria como "um dos mais devastadores casos de atrocidades em massa que eu já vi".

O governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, acrescentou, "escreveu um novo manual de brutalidades".

Após mais de dois anos de guerra civil na Síria, o Conselho de Segurança não tomou nenhuma medida para tentar conter a violência, já que a Rússia usa seu poder de veto para proteger seu aliado Assad de qualquer intervenção. Power disse que os EUA deveriam pressionar Moscou, mas admitiu que nenhuma ação deve ser tomada tão cedo.

Ela defendeu também mais pressão da ONU sobre o Irã para negociar o fim do seu programa nuclear e disse que é importante resolver lacunas existentes nas atuais sanções ao país.

A provável sucessora de Susan Rice, que trocará o cargo na ONU pelo de assessora de Segurança Nacional da Casa Branca, recriminou a entidade internacional por atitudes supostamente discriminatórias contra Israel.

Disse ainda que vai fazer campanha para que o Estado judeu ocupe uma vaga no Conselho de Segurança, uma intenção dos EUA tradicionalmente bloqueada por um grande número de países que veem Israel com reservas ou com aberta hostilidade.

(Reportagem adicional de Louis Charbonneau)

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