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Estados Unidos

Hong Kong silencia sobre destino de Snowden depois que EUA apresenta acusações

22 jun 2013 - 09h31
(atualizado às 09h32)
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Autoridades de Hong Kong ficaram em silêncio no sábado sobre o destino do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), antes de um pedido de extradição pelos Estados Unidos, onde ele foi acusado de espionagem.

Mas um jornal de Hong Kong disse que o ex-funcionário da NSA estava sob proteção policial.

Edward Snowden foi acusado de roubo de propriedade do governo dos EUA, de comunicação não-autorizada de informações de defesa nacional e de comunicação intencional de dados classificados de inteligência para uma pessoa não autorizada, de acordo com a queixa, datada de 14 de junho e divulgada na sexta-feira.

Duas fontes dos EUA, falando sob condição de anonimato, disseram que o país estava se preparando para buscar a extradição de Snowden de Hong Kong -- que faz parte da China, mas tem autonomia ampla, incluindo um sistema judicial independente.

Documentos vazados por Snowden e revelados por ele em Hong Kong mostram que a NSA teve acesso a grandes quantidades de dados de Internet, como e-mails, salas de chat e vídeo de grandes empresas como Facebook e Google, em um programa de governo conhecida como Prism.

O jornal Washington Post disse que os Estados Unidos tinham solicitado a Hong Kong que detivesse Snowden em um mandado de prisão provisória.

O comissário de polícia de Hong Kong, Andy Tsang, não quis dar detalhes, mas disse que Hong Kong lidaria com o caso de acordo com a lei.

"As leis que são aplicadas em Hong Kong são as leis de Hong Kong, não leis estrangeiras", disse ele a repórteres.

O jornal Apple Daily disse que a polícia havia fornecido a Snowden uma casa segura e proteção.

Os Estados Unidos e Hong Kong assinaram um tratado de extradição que entrou em vigor em 1998, um ano depois de Hong Kong voltar ao domínio chinês.

Fontes jurídicas em Hong Kong dizer Snowden já abordou proeminentes advogados de direitos humanos na preparação para uma batalha de extradição prolongada.

Se Hong Kong não acusá-lo de um ato criminoso equivalente, as autoridades não podem prender ou tomar medidas legais. Ele também está teoricamente livre para deixar a cidade, disse um especialista legal.

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