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Estados Unidos

Hillary se diz "impressionada" com resposta chilena a tremor

2 mar 2010 - 14h14
(atualizado às 14h39)
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A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, que desembarcou em Santiago nesta terça-feira, se disse positivamente impressionada com a pronta resposta que o governo chileno deu após o terremoto de magnitude 8,8 graus que assolou o país sul-americano no último sábado.

Terremotos são imprevisíveis, diz sismóloga:

Hillary concedeu uma entrevista a jornalistas no aeroporto de Santiago ao lado do presidente eleito do Chile Sebastián Piñera. Mais cedo ela prometeu hoje toda a ajuda necessária para que o Chile supere a tragédia causada pelo terremoto que no sábado atingiu o país.

"Estamos dispostos a ajudar seja como for. Assim comuniquei ao Governo, por meio da presidente (Michelle Bachelet), e também o farei ao presidente eleito (Sebastián Piñera)", disse Hillary depois de se encontrar com Bachelet em uma base aérea em Santiago.

A chefe da diplomacia americana elogiou o fato de as equipes de resgate chilenas terem sido as primeiras a chegar a Porto Príncipe após o terremoto no Haiti. "Agora, nós faremos o mesmo por vocês. E quando as últimas (equipes de resgate) forem embora, nós continuaremos aqui, como amigos do Chile".

Hillary Clinton, desembarcou nesta terça-feira em Santiago como parte de uma viagem pela América do Sul. Ela participou ontem da cerimônia de posse do presidente uruguaio José Mujica e segue ainda hoje para o Brasil. No Chile, ela entregou equipamentos de comunicação destinados à ajuda pelas sequelas do terremoto.

Ao descer do avião na pista do aeroporto, Hillary foi recebida pelo chanceler Mariano Fernández, antes de receber um abraço da presidente do país que sofreu um dos mais graves terremotos da história, com pelo menos 723 mortos.

Hillary, que viajou a Santiago procedente de Buenos Aires, disse que levaria 20 telefones de satélite como uma contribuição inicial aos esforços de emergência após o terremoto.

O governo do Chile pediu a ajuda dos Estados Unidos para um hospital de campanha, equipamentos de comunicação e sistemas de purificação de água, anunciou em Washington o porta-voz da diplomacia americana, Philip Crowley.

A visita de Hillary pela América Latina prosseguirá até sexta-feira com passagens ainda pela Costa Rica e Guatemala.

Tragédia no Chile

Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos passa de 700, e o número de afetados chega a 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago

Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago chegou a ser fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas.

A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es

Fonte: Redação Terra
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