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Estados Unidos

Hillary lança campanha certa de será a presidente mulher mais jovem dos EUA

13 jun 2015 - 15h48
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A pré-candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, de 67 anos, descartou em uma única frase neste sábado, durante seu primeiro grande discurso de campanha, as questões sobre sua idade ao destacar que será a primeira mulher presidente mais jovem do país.

O cenário do lançamento de sua campanha foi a a Roosevelt Island, com os arranha-céus de Manhattan como pano de fundo. Milhares de simpatizantes receberam com euforia a ex-secretária de Estado, seu marido Bill e sua filha Chelsea.

O discurso era muito esperado, já que desde abril a candidata se limitou a participar em mesas redondas e encontros com eleitores. Hoje, a ex-senadora pelo estado de Nova York precisava deixar claro por quais caminhos pretende levar os Estados Unidos.

"Talvez não seja a mais jovem entre os candidatos a esta eleição", ironizou ela. "Mas serei a mulher presidente mais jovem da história dos Estados Unidos... E a primeira avó!"

Hillary se apresentou ainda com a defensora da classe média e prometeu uma série de reformas econômicas, sociais e políticas.

"Sou candidata para que a economia esteja a serviço de vocês e de todos os americanos", enfatizou.

"A prosperidade não pode ser apenas para os dirigentes de empresas ou chefes de fundos de investimento. A democracia não pode estar apenas a serviço dos multimilionários", afirmou, multiplicando suas críticas a Wall Street.

Ela declarou ainda que apresentará uma série de propostas nas próximas semanas, mas já deu algumas pistas: reforma fiscal para estimular as empresas a investir nos Estados Unidos, ajudar os empreendedores, aumentar o orçamento para a pesquisa e converter os Estados Unidos na "superpotência das energias limpas no século XXI".

Sobre a imigração, Hillary assumiu no mês passado compromissos precisos: quer legalizar em massa os imigrantes ilegais. Mas parece ter reservado seus principais anúncios pasra as próximas semanas.

Ela deverá ir no sábado a Iowa, o pequeno estado onde serão realizadas as primeiras primárias.

Em um vídeo exibido na sexta-feira, Clinton vendeu sua proposta de que busca a presidência para lutar pela classe média: "todo mundo merece a oportunidade de tirar proveito do potencial que Deus lhe deu, este é o sonho que compartilhamos, a batalha que devemos lutar".

"Meu pai, filho de um operário de fábrica, pôde criar uma pequena empresa, minha mãe, que nunca foi à universidade, pôde ver a filha na universidade", destacou.

"Todos os dias os americanos e suas famílias precisam de um campeão que lute por eles, e quero ser este campeão", acrescentou Hillary.

Grande favorita às primárias do Partido Democrata, a ex-primeira-dama e ex-secretária de Estado americano privilegiou, desde o anúncio de sua candidatura, em 12 de abril, as pequenas reuniões, em particular nos estados de Iowa (centro) e New Hampshire (nordeste).

Segundo uma pesquisa da Universidade Quinnipiac, publicada no final de maio, Clinton teria 57% dos votos de eleitores democratas, muito à frente do senador de Vermont Bernie Sanders (15%) e mais ainda do vice-presidente Joe Biden (9%), que até o momento não lançou sua candidatura.

De acordo com a consulta, só os republicanos Rand Paul e Marco Rubio representariam uma ameaça para Clinton.

Mas seu problema de imagem persiste: os americanos que acham que "não é honesta ou confiável" passaram de 49 a 57% entre março e junho, segundo pesquisa da CNN, depois das revelações de que usou um e-mail particular quando foi secretária de Estado de 2009 a 2013, e a publicação de vários artigos sobre possíveis conflitos de interesse em relação aos doadores da fundação de caridade Bill Clinton.

Sua imagem é melhor entre os mais jovens, que não conhecem direito os antecedentes dos Clinton nos anos 1990.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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