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Estados Unidos

Hillary Clinton permanece hospitalizada devido a uma trombose

31 dez 2012 - 22h10
(atualizado às 23h20)
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A chefe da diplomacia americana, Hillary Clinton, permanece hospitalizada nesta segunda-feira em Nova York, onde está sendo tratada de uma trombose descoberta durante o fim de semana por seus médicos.

O coágulo se situa entre o cérebro e o crânio, em uma veia à altura da orelha direita, segundo os profissionais que a atendem.

A secretária de Estado dos EUA foi internada no domingo no Hospital Presbiteriano de Nova York devido ao surgimento de um coágulo de sangue, em um lugar não revelado mas que aparentemente tem relação com a contusão que sofreu na cabeça após desmaiar em meados deste mês.

Hillary não sofreu nenhum derrame nem danos neurológicos e está realizando "excelentes progressos", acrescentaram nesta segunda-feira os especialistas.

A chefe da diplomacia americana está sendo tratada com anticoagulantes e receberá alta assim que for estabelecida a dose adequada, informaram os médicos em uma nota.

O coágulo foi descoberto durante uma ressonância magnética no domingo, dia em que sua internação foi anunciada.

Hillary "está tendo excelentes progressos e acreditamos que se recuperará totalmente", disseram os médicos Lisa Bardack e Gigi El-Bayoumi, que ressaltaram que ela "está desperta" e conversa com os doutores, sua família e o pessoal do Departamento de Estado.

A secertária de Estado não apareceu em público desde a primeira semana de dezembro, quando após retornar de uma viagem pela Europa precisou repousar em consequência de um vírus estomacal.

Alguns dias depois, em 15 de dezembro, o Departamento de Estado informou que a secretária de Estado tinha sofrido uma contusão na cabeça após um desmaio causado por desidratação.

Hillary, de 65 anos, tem um ritmo de trabalho e uma agenda muito ativa de viagens ao exterior, com milhares de quilômetros percorridos em avião em muito poucos dias.

A ex-primeira-dama americana anunciou há algum tempo que queria descansar e que não seguirá no cargo durante o segundo mandato do presidente Barack Obama, que iniciará em janeiro.

O governante já designou para substituí-la o senador e ex-candidato presidencial John Kerry, que ainda tem que ser confirmado pela câmera Alta.

Durante uma entrevista coletiva realizada hoje, o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, referiu-se a ela como "uma grande servidora pública e uma amiga".

"Desejo o melhor, esperamos que não seja nada sério. Deu uma grande contribuição a este país" disse Bloomberg. Apesar de sua popularidade, Hillary Clinton, do partido Democrata, negou várias vezes ter intenção de se candidatar para a presidência do país em 2016. Em 2008, ela perdeu as primárias de seu partido para Obama.

Por causa de seus recentes problemas de saúde, a secretária de Estado cancelou o comparecimento no Congresso no qual deveria ter respondido às perguntas dos legisladores sobre as circunstâncias do ataque terrorista ao consulado dos EUA em Benghazi (Líbia)

A gestão dessa crise, da qual Hillary assumiu plena responsabilidade, escureceu de certa forma o final de seu mandato como secretária de Estado, embora suas virtudes como diplomata e sua infatigável capacidade de trabalho são elogiados por todos em Washington, tanto democratas como republicanos.

EFE   
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