Hillary antecipa "pressão crescente" frente ao regime sírio
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta segunda-feira que a comunidade internacional deve estar preparada para a "pressão crescente" contra o regime sírio, o que abre espaços para uma transição.
Hillary se referiu ao tema sírio durante uma entrevista coletiva que deu durante a reunião de ministros dos países do Grupo dos Vinte (G20) em Los Cabos, na Baixa Califórnia Sul, México.
Antes de sofrer um ataque de tosse que a impediu de continuar com a entrevista coletiva, Hillary disse que nos últimos dias falou com vários colegas sobre a situação nesse país com vistas à reunião dos "Amigos da Síria" programada para a próxima sexta-feira na Tunísia.
"Nessa reunião referendaremos que o regime sírio está cada vez mais isolado e o povo da Síria precisa de apoio e solidariedade. Seu sofrimento tem que ser considerado", acrescentou Hillary.
Ela mencionou a resolução da Assembleia Geral da ONU do dia 16 de fevereiro, na qual se condenou o regime sírio por "suas sistemáticas violações aos direitos humanos" e a decisão da Rússia e China de vetar sete dias antes uma condenação da repressão oficial ao país no Conselho de Segurança.
Na reunião da Tunísia, acrescentou Hillary, espera-se que se envie uma "claro mensagem à Rússia, China e outros" sobre este tema, porque agora não têm certeza sobre como abordá-lo e "infelizmente estão fazendo as piores escolhas". Segundo ela, na reunião da Tunísia "se demonstrará a unidade internacional" frente ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
"Temos que trabalhar para fazer um processo democrático que seja inclusivo para realizar a transição, e todos os grupos da Síria têm que sentir que estão representados e que seus interesses vão ser respeitados. Temos que nos preparar perante a probabilidade de que o regime sírio vai estar sob uma pressão crescente, que criará mais espaço para que todos nós pressionemos mais em favor da transição, intensificando nossa pressão diplomática", acrescentou Hillary.
