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Oriente Médio

Habitantes de Gaza protestam contra filme sobre Islã

13 set 2012 - 13h07
(atualizado às 13h14)
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Um grupo de manifestantes se reuniu nesta quinta-feira na Cidade de Gaza e protestaram contra os Estados Unidos e Israel, queimando as bandeiras dos dois países, por conta do filme americano sobre o Islã.

A manifestação aconteceu no bairro Rimal, ao oeste de Gaza, onde se encontram as sedes de organizações internacionais na faixa como a ONU, a UNRWA (Agência da ONU para os Refugiados Palestinos) e a UNSCO (Escritório do Coordenador da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio).

Os participantes da manifestação cantaram palavras de ordem contra o filme, além de "morte a Israel e aos EUA", e slogans de apoio ao profeta Maomé e ao islã.

As organizações internacionais que ficam situadas na zona fecharam seus escritórios como medida de precaução. Os Estados Unidos não contam com representação diplomática em Gaza, mas com um consulado em Jerusalém Oriental.

Além disso, o grupo islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza após tomar o território em junho de 2007, chamou, através de alto-falantes, os moradores da região a participarem de concentrações maciças depois das orações do meio-dia de amanhã, sexta-feira, dia sagrado para os muçulmanos.

Desde terça-feira, devido à distribuição do filme "A inocência dos Muçulmanos", foram produzidos diversos ataques contra sedes diplomáticas americanas em vários países árabes. Na Líbia, os ataques resultaram na morte do embaixador americano, J. Christopher Stevens, e outros três funcionários do consulado do país em Benghazi.

O movimento islâmico de Israel convocou, para a tarde desta quinta, uma manifestação em frente a Embaixada dos EUA em Tel Aviv, com o argumento de que o governo de Washington patrocina pessoas que ofendem o islã e os muçulmanos.

Segundo o jornal digital israelense Ynet, alguns árabes de cidadania israelense se concentraram em frente a Embaixada americana em Tel Aviv para protestar pelo filme.

O movimento islâmico realizará um ato de protesto similar ao de sexta-feira nas mesquitas de Rahat, uma população árabe situada no sul de Israel.

Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP) expressaram suas condolências à Administração de Barack Obama pela morte dos funcionários americanos em Benghazi.

EFE   
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