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Estados Unidos

Grupos querem fechamento de Guantánamo

13 jan 2009 - 18h46
(atualizado às 19h56)
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Associações de direitos humanos pressionaram nesta terça-feira o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, para que não retarde o fechamento prometido da prisão de Guantánamo, de forma a impedir que os detentos do local continuem em seu atual status de reclusão indefinida.

Os grupos de direitos humanos pressionam Obama para fechar Guantánamo
Os grupos de direitos humanos pressionam Obama para fechar Guantánamo
Foto: AP

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Durante anos, esses grupos viram a prisão de Guantánamo, que completou sete anos de funcionamento, como um símbolo dos abusos de poder da guerra contra o terrorismo, e a vitória de Obama nas eleições de novembro trouxe esperanças de que a situação mudaria.

Fontes da equipe do presidente eleito disseram à imprensa que um dos primeiros atos no novo líder quando assumir o cargo será assinar uma ordem executiva que decrete o fechamento de Guantánamo, localizada no leste de Cuba.

No entanto, o fechamento não será imediato, e encontrar destino para os aproximadamente 250 detentos que se encontram em suas celas pode levar um ano, segundo os especialistas.

A perspectiva assustou algumas organizações de direitos humanos, como a Testemunhas Contra a Tortura, uma associação que disse hoje estar "alarmada" com a possibilidade do adiamento da decisão.

"Guantánamo deve ser fechada não só no papel, mas também na vida real" afirmou Frida Berrigan.

Como forma de protesto, mais de 100 membros do grupo estão em jejum desde 11 de janeiro e continuarão sem comer até a próxima terça-feira, quando Obama assumirá o cargo.

O novo líder será obrigado a agir de forma imediata, porque em 26 de janeiro começa o julgamento, nos tribunais antiterroristas de Guantánamo, do canadense Omar Khadr, que foi detido no Afeganistão quando tinha 15 anos e supostamente lutava junto com os talibãs.

As principais associações de direitos humanos pediram esta semana a Obama que suspenda o julgamento de Khadr em tribunais que, em suas opiniões, estão "desacreditados".

Essas cortes operam com regras especiais que permitem, por exemplo, a admissão de confissões obtidas sob tortura.

EFE   
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