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Estados Unidos

Google quer divulgar pedidos de informação do governo dos EUA

11 jun 2013 - 19h58
(atualizado às 22h00)
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O Google pediu ao governo dos Estados Unidos, nesta terça-feira, permissão para publicar informações sobre seu cumprimento dos mandados judiciais a respeito de dados secretos de segurança nacional.

A empresa garante que não tem "nada a esconder".

O gigante de Internet publicou a carta enviada ao FBI e ao Departamento de Justiça americano, na qual pedem autorização para divulgar os números relacionados à entrega de dados para os programas secretos revelados na última semana pela imprensa e que causaram polêmica no mundo todo.

A carta, assinada pelo diretor legal do Google, David Drummond, ressalta que o atual "relatório de transparência" da empresa sobre os pedidos de informação do governo não inclui os pedidos de segurança nacional sob a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira (FISA, na sigla em inglês).

"As afirmações na imprensa no sentido de que nosso cumprimento a essas solicitações dá ao governo dos EUA acesso sem restrições aos dados dos nossos usuários são simplesmente falsas", escreveu Drummond.

"As obrigações de confidencialidade do governo a respeito do número de pedidos de segurança nacional (sob o amparo da lei FISA) que o Google recebe, assim como o número das contas contempladas nessas solicitações, alimentam a especulação", acrescentou.

Drummond disse que o Google gostaria de incluir "números agregados de solicitações de segurança nacional", incluindo aquelas que foram realizadas sob a FISA, e acrescentou que os números "mostrariam claramente que nosso cumprimento dessas solicitações está muito longe das afirmações que estão sendo feitas. O Google não tem nada a esconder".

O Google é uma das principais empresas de Internet identificadas como participantes no programa PRISM, uma vasta operação de vigilância destinada a identificar os estrangeiros que representam uma ameaça para os Estados Unidos. Outras empresas no programa são Microsoft, Yahoo!, Facebook, Apple e AOL.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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