George Clooney acusa o Sudão de crimes de guerra
Os Estados Unidos cobraram nesta quarta-feira do Sudão autorização para o envio de alimentos de forma imediata para evitar um desastre humanitário e o astro de Hollywood, George Clooney, acusou o governo de Cartum de crimes de guerra.
Funcionários americanos alertaram que 250 mil pessoas correm risco de sofrer com a fome na conflituosa região de Kordofan do Sul ao testemunhar ante uma comissão do Senado, à qual Clooney se somou.
Princeton Lyman, enviado especial dos Estados Unidos ao Sudão, disse que a região montanhosa está a caminho de "uma grave crise humanitária" devido aos bombardeios constantes das forças de governo, que impedem a prática da agricultura.
"O Sudão deve permitir o acesso humanitário internacional e o mundo não pode permanecer quieto, e certamente os Estados Unidos não podem fazer isso", afirmou Lyman.
Clooney, que voltou recentemente do Sudão, acusou as forças armadas do governo sudanês de cometer crimes de guerra contra civis, incluindo um ataque com foguetes do qual escapou por pouco.
Crítico de longa data do governo do Sudão pelo conflito separatista em Darfur, Clooney disse à comissão do Senado que o presidente Omar al Bashir e seus colaboradores estão "provando ser os maiores criminosos de guerra deste século até o momento".
O Sudão do Sul se tornou independente em julho do ano passado, depois de duas décadas de guerra civil. No entanto, outro conflito separatista explodiu pouco depois em Kordofan do Sul e perto do estado de Nilo Azul, no qual Cartum combate contra os insurgentes, uma vez aliados aos ex-rebeldes que agora governam o Sudão do Sul.