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Estados Unidos

Furacão Sandy ameaça costa leste dos EUA

28 out 2012 - 19h46
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O furacão Sandy se encaminhava neste domingo para a costa leste dos Estados Unidos gerando condições climáticas perigosas que ameaçam provocar tempestades, inundações e ventos violentos na costa, desde a Carolina do Norte até Nova York, enquanto o presidente Barack Obama advertia para o "sério risco" que representa a tormenta.

"Espera-se que o Sandy traga uma tempestade perigosa com inundações na costa dos estados do Atlântico Médio, incluindo Long Island e os portos de Nova York", advertiu o Centro Nacional de Furacões (CNH), a partir de sua sede em Miami.

O informe meteorológico também destaca que os ventos alcançarão uma força de furacão quando tocarem terra.

O furacão que deixou 66 mortos em sua passagem por Haiti, República Dominicana, Cuba, Jamaica e Bahamas na semana passada, além de muitos danos materiais, se encontrava neste domingo a sudeste do Cabo Hatteras, na Carolina do Norte, e ao sul da cidade de Nova York.

Com ventos máximos de 120 km/h e se deslocando em direção ao nordeste a 17 km/h, o fenômeno deixa em suspense uma das zonas mais povoadas dos Estados Unidos, que em agosto do ano passado sofreu o golpe do furacão Irene, que deixou 47 mortos e cerca de 10 bilhões de dólares em danos materiais no leste do país.

As previsões do CNH afirmam que o olho do furacão se deslocará paralelamente à costa sudeste dos Estados Unidos "e se aproximará da costa dos estados do Atlântico médio na segunda-feira à noite".

Ventos com força de furacão se estendem a 280 km de seu olho e ventos com força de tempestade tropical se expandem a 835 km, e por esta razão os meteorologistas alertaram a população que isso se trata de uma tempestade de grande magnitude.

Ainda que seja rebaixado para tempestade tropical, o medo das autoridades é que o Sandy se choque com uma frente fria e com um sistema de alta pressão proveniente do noroeste do país, provocando, assim, uma "tempestade perfeita" batizada de "Frankestorm", devido à proximidade da chegada do furacão com a celebração do Halloween, na terça-feira.

O presidente Barack Obama pediu à população que leve "muito a sério" o perigo potencial do Sandy: "o furacão ainda não tocou a costa e ainda não sabemos onde vai atingi-la ou se haverá um grande impacto, e é importante estar pronto para reagir rapidamente".

"Esta é uma tormenta grande e séria e minhas primeiras palavras para todos da costa leste são: é preciso considerar isto muito seriamente", disse Obama.

A chegada iminente de Sandy à costa americana levou o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, a ordenar neste domingo o cancelamento de centenas de voos e a suspensão de serviços de transporte público, além da retirada preventiva de 375 mil pessoas.

"Decidi assinar uma ordem executiva ordenando a evacuação das áreas na zona A" da cidade, incluindo Coney Island e Red Hook (Brooklyn, sudeste de Nova York), Rockaway Beach e quase toda a costa de Statne Island, englobando cerca de 375.000 pessoas, disse Bloomberg.

Nova York também vai suspender sua rede de transportes públicos, incluindo o metrô, neste domingo a partir das 19h00 (21h00 de Brasília) pela previsão de chegada do Sandy em alguma parte entre Delaware e Nova Jersey.

A Bolsa de Nova York ficará limitada às operações eletrônicas na segunda-feira, suspendendo as transações físicas em Wall Street devido à ameaça do furacão.

"Nyse Euronext decidiu suspender as operações físicas" e "negociar todas as ações do NYSE em NYSE Arca, a bolsa eletrônica da companhia, nesta segunda-feira, 29 de outubro", destaca o comunicado. "O salão (da Bolsa) estará fechado, mas o mercado ficará aberto eletronicamente".

Durante a atual temporada de furacões, que começou no dia 1º de junho e termina em 30 de novembro, 18 tempestades tropicais foram formadas, e dez delas chegaram a se tornar furacões: "Chris", "Ernesto", "Gordon", "Isaac", "Kirk", "Leslie", "Michael", "Nadine", "Rafael" e "Sandy".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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