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Estados Unidos

Fundador do WikiLeaks: acusações de crime sexual são falsas

26 out 2010 - 07h03
(atualizado às 07h45)
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O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, denunciou na segunda-feira que as acusações de crime sexual contra ele são falsas e buscam distrair a atenção dos graves abusos cometidos na guerra iniciada pelos Estados Unidos contra o Iraque que ele tornou públicos recentemente.

"Não é correto trazer à comparação anúncios sensacionalistas, e de fato falsos, em um assunto relativamente trivial comparado com a morte de 109 mil pessoas", declarou Assange em uma entrevista ao apresentador do canal CNN Larry King.

"A CNN deveria ter vergonha por fazer isso. E você, Larry, você deveria ter vergonha também", completou.

O australiano Julian Assange está sob investigação na Suécia por um suposto caso de estupro, mas dois meses após a divulgação da acusação os promotores não indiciaram o criador do WikiLeaks.

Assange chamou as questões sobre sua vida pessoal de "jornalismo sensacionalista".

O Wikileaks publicou na sexta-feira quase 400 mil documentos secretos do Pentágono que mostram que o exército americano tolerou abusos durante a guerra do Iraque.

Os documentos registram as mortes de 109.032 pessoas no Iraque, incluindo 66.081 civis, sendo que 15 mil destas não haviam sido reveladas.

Os Estados Unidos invadiram o Iraque em 2003 sob a alegação de que o governo iraquiano possuía armas de destruição em massa que eram uma ameaça para o mundo. Depois da invasão, as supostas armas nunca foram encontradas.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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