Fundador do WikiLeaks: acusações de crime sexual são falsas
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, denunciou na segunda-feira que as acusações de crime sexual contra ele são falsas e buscam distrair a atenção dos graves abusos cometidos na guerra iniciada pelos Estados Unidos contra o Iraque que ele tornou públicos recentemente.
"Não é correto trazer à comparação anúncios sensacionalistas, e de fato falsos, em um assunto relativamente trivial comparado com a morte de 109 mil pessoas", declarou Assange em uma entrevista ao apresentador do canal CNN Larry King.
"A CNN deveria ter vergonha por fazer isso. E você, Larry, você deveria ter vergonha também", completou.
O australiano Julian Assange está sob investigação na Suécia por um suposto caso de estupro, mas dois meses após a divulgação da acusação os promotores não indiciaram o criador do WikiLeaks.
Assange chamou as questões sobre sua vida pessoal de "jornalismo sensacionalista".
O Wikileaks publicou na sexta-feira quase 400 mil documentos secretos do Pentágono que mostram que o exército americano tolerou abusos durante a guerra do Iraque.
Os documentos registram as mortes de 109.032 pessoas no Iraque, incluindo 66.081 civis, sendo que 15 mil destas não haviam sido reveladas.
Os Estados Unidos invadiram o Iraque em 2003 sob a alegação de que o governo iraquiano possuía armas de destruição em massa que eram uma ameaça para o mundo. Depois da invasão, as supostas armas nunca foram encontradas.