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Estados Unidos

Expedição Amelia Earhart parte do Havaí

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A expedição que busca comprovar a teoria de que a pioneira da aviação Amelia Earhart sobreviveu ao acidente que sofreu há 75 anos e permaneceu em uma ilha deserta partiu nesta terça-feira do Havaí.

O navio da Universidade do Havaí zarpou do Porto de Snug sob um céu escuro e chuvoso em direção a Kiribati, no centro do Oceano Pacífico, para iniciar uma odisseia de 26 dias.

"Vamos dizer que esta chuva nos trará boa sorte", brincou Ric Gillespie, diretor executivo do Grupo Internacional para a Recuperação de Aviões Históricos (TIGHAR).

"Não obteremos de imediato uma solução para o mistério quando chegarmos à região, dentro de oito dias (...) mas traremos a Honolulu imagens que poderemos enviar aos especialistas para verificar se encontramos parte do avião" de Amelia Earhart.

A expedição se dirige à remota ilha de Nikumaroro, no arquipélago de Kiribati, 2.000 km ao sur do Havaí, em uma tentativa de provar que Earhart sobreviveu à queda de seu avião Lockheed Electra.

Earhart (1897-1937), uma das mulheres piloto mais importantes da história da aviação, desapareceu em 1937, aos 39 anos, quando tentava dar a volta ao mundo.

A expedição utilizará tecnologia de ponta para mapear o fundo do oceano, como um dispositivo de controle remoto semelhante ao que conseguiu encontrar as caixas pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico enquanto fazia o percurso Rio de Janeiro-Paris em 2009.

Quando seu avião desapareceu em 2 de julho de 1937, Earhart estava voando com seu copiloto, Fred Noonan, na última etapa de uma ambiciosa volta ao mundo ao longo do equador, a rota mais longa.

A aviadora, detentora de vários recordes, entre eles o de primeira mulher a cruzar o Atlântico de avião, havia decolado de Papua Nova Guiné e se dirigia para a ilha Howland para abastecer, antes de voar um longo trecho final até a Califórnia.

Em sua última mensagem de rádio, Earhart declarou que não conseguia encontrar Howland e que o combustível estava acabando.

Várias missões de busca e resgate foram ordenadas pelo então presidente Franklin Roosevelt, mas não houve mais notícias dela, nem de Noonan. Ambos foram considerados mortos para a tristeza nacional.

Seu desaparecimento gerou muitas teorias da conspiração. Uma afirmava que Earhart estava em mãos das forças imperiais japonesas como uma espiã. Outra assegurava que havia chegado a seu destino, mas que, depois de mudar de identidade, passou a viver em Nova Jersey (leste).

No entanto, supostos restos de avião foram encontrados por moradores da ilha nos anos seguintes. A equipe de investigação da TIGHAR acredita que o avião aterrissou sem problemas no recife e ali permaneceu durante vários dias antes de ser levado pelas ondas.

Os especialistas da TIGHAR acreditam que Earhart e Noonan chegaram à atual ilha Nikumaroro, então uma colônia britânica conhecida como Gardner, e conseguiram sobreviver durante um período indeterminado de tempo.

Os investigadores centrarão seus esforços em Nikumaroro visando a localizar e fotografar qualquer resto do avião de Earhart que ainda possa existir.

Este atol de corais desabitado, de apenas 6 km de extensão, está localizado 480 km a sudeste da ilha de Howland.

A equipe de busca inclui três cinegrafistas que registrarão a expedição para um especial de tv previsto para o final deste ano.

sg/dm/lr

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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