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Estados Unidos

Execução de Troy Davis é adiada no último minuto

21 set 2011 - 20h52
(atualizado às 21h57)
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A execução de Troy Davis foi adiada na noite desta quarta-feira no último minuto, a fim de permitir que a Suprema Corte dos Estados Unidos analise o pedido de suspensão apresentado por seus advogados, informou a TB americana.

Manifestantes protestam contra a execução de Troy Davis em frente à Casa Branca, em Washington
Manifestantes protestam contra a execução de Troy Davis em frente à Casa Branca, em Washington
Foto: AFP

Segundo as redes de televisão CNN e MSNBC, o estado da Geórgia adiou a execução prevista inicialmente para às 19h local (20h Brasília) na prisão de Jackson.

"Pedimos à Suprema Corte dos Estados Unidos uma suspensão e eles estão analisando. Até que decidam, estão retardando" a execução, disse Brian Kemmer, um dos advogados de Troy Davis. "Não há uma hora limite, mas a prisão não pode esperar para sempre".

No corredor da morte há 20 anos pelo assassinato do policial branco Mark MacPhail, o negro Troy Davis foi condenado à pena capital após um processo repleto de vícios judiciais que revelaram dúvidas sólidas sobre a inocência do culpado. Durante o processo, nove testemunhas do assassinato cometido em 1989 indicaram Troy Davis como o autor do tiro, mas a arma do crime nunca foi encontrada e nenhuma prova digital ou traço de DNA, revelado. Depois, sete testemunhas se retrataram, mas isso não foi suficiente para convencer a justiça de rever seu veredicto.

Na noite des quarta, Anneliese MacPhail, mãe do policial Mark MacPhail, disse à CNN que ficou "absolutamente devastada" com este novo adiamento da execução, e reafirmou sua convicção de que Troy Davis é o assassino do filho. "Este caso foi revisto por todas as instâncias judiciais da Geórgia e esteve três vezes na Suprema Corte", destacou MacPhail.

Centenas de pessoas se reuniram nos arredores da prisão de Jackson, na Geórgia, e em frente à Casa Branca, em Washington, para pedir clemência - além disso, figuras como o papa Bento XVI e o ex-presidente americano Jimmy Carter pediram a comutação da pena.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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