PUBLICIDADE

Estados Unidos

Ex-militar americano que matou 13 colegas se nega a apresentar defesa

Defensores do oficial disseram que ele parecia estar buscando a pena de morte

21 ago 2013 - 15h10
(atualizado às 15h49)
Compartilhar
Exibir comentários

O oficial do exército americano acusado pela morte de 13 pessoas em uma base militar do Texas em 2009 recusou-se a expor seus argumentos nesta terça-feira e também não chamou testemunhas para a sua defesa. O major Nidal Makil Hassan pode ser sentenciado à pena de morte se for condenado de 45 acusações de assassinato premeditado no tiroteio ocorrido em novembro de 2009 em Fort Hood.

Este psiquiatra de 42 anos, que defende a si mesmo no tribunal militar, disse ao juiz: "The defense rests", renunciando à defesa, depois de declarar ter sido o autor dos disparos. Hassan não interrogou testemunhas nem objetou nenhuma das diversas provas apresentadas contra ele.

Seus defensores públicos se queixaram de que o acusado parecia estar buscando a pena de morte, mas o julgamento seguiu seu curso e espera-se que o júri se retire em breve para considerar um veredicto.

Nascido na Virgínia (nordeste) de pais palestinos, Hassan enfrenta a pena de morte pelo assassinato de 13 de seus companheiros e por deixar outros 32 feridos em um ataque que, segundo ele, tinha por objetivo provar que os Estados Unidos participam de uma "guerra ilegal" no Afeganistão.

Durante a abertura do processo, semanas atrás, Hassan disse que "as provas vão demonstrar claramente que sou o autor dos disparos". "Nós, os mujahedines, somos muçulmanos imperfeitos que tentam estabelecer uma religião perfeita na terra do Deus supremo", havia declarado Hassan, com barba e aspecto tranquilo.

O alto comando do Exército americano foi severamente criticado por ter ignorado os sinais sobre o comportamento incomum de Hassan, que poderiam ter evitado o massacre.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade
Publicidade