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Estados Unidos

EUA revelam identidades de 48 presos de Guantánamo sob detenção indefinida

17 jun 2013 - 20h07
(atualizado às 20h59)
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Os Estados Unidos revelaram nesta segunda-feira, após uma reivindicação de informação oficial, o status dos 166 prisioneiros da base naval de Guantánamo, em Cuba, entre eles os 48 que estão sujeitos à detenção indefinida, apesar das autoridades não terem intenção de julgá-los.

Segundo o Departamento de Justiça americano, estas 48 pessoas (26 iemenitas, 12 afegãos, três sauditas, dois kuaitianos, dois líbios, um queniano, um marroquino e um somali) não podem ser liberadas, porque representam um sério perigo para a segurança nacional, nem julgadas porque ou não há provas suficientes ou as evidências estão gravemente prejudicadas por terem sido obtidas por meio de tortura.

Dois dos prisioneiros dessa lista, elaborada por uma equipe designada pelo presidente Barack Obama em 2010, já morreram. Um afegão que se enforcou com lençois no Campo 6 e outro que morreu de ataque cardíaco.

Alguns dos que aparecem na lista se somaram à generalizada greve de fome na prisão, aderida por 104 dos 166 detentos e que alguns justificam pelo limbo legal no qual se encontram e que já dura mais de uma década. O status de "detido indefinido" foi estabelecido pelo Congresso dos Estados Unidos em 2001 como um tipo de prisioneiro de guerra.

A lista revelada hoje, após um pedido amparado na lei de liberdade de informação e que foi introduzido pelos jornais The New York Times e Miami Herald, inclui os nomes dos 86 presos de Guantánamo que têm sinal verde para serem transferidos a terceiros países e eventualmente libertados.

Os nomes foram divulgados nesta segunda-feira no início da audiência em Guantánamo contra Khalid Sheikh Mohamed, autoproclamado cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001. O Departamento de Estado nomeou hoje o advogado Clifford Sloan como novo responsável para acelerar as transferências de presos e facilitar que em um futuro próximo seja cumprida a promessa do presidente Barack Obama de fechar o centro penitenciário.

EFE   
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