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Estados Unidos

EUA: denúncias de abuso sexual nas Forças Armadas sobem 11%

Quando as denúncias são feitas, as autoridades militares têm provas suficientes para disciplinar os responsáveis em 3 a cada 4 casos

1 mai 2015 - 17h11
(atualizado às 18h16)
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Foto: Débora Melo / Terra

As denúncias de abuso sexual nas Forças Armadas dos Estados Unidos aumentaram 11% em 2014, com 6.131 a mais em comparação ao ano anterior, devido às políticas para incentivar as acusações, informou o Pentágono nesta sexta-feira (01).

O relatório anual do Departamento de Defesa mostra um aumento de 70% no número de denúncias em relação a 2012, o que as autoridades militares interpretam como uma evolução positiva.

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Desde a chegada do presidente Barack Obama à Casa Branca, o Pentágono adotou medidas para prevenir os abusos nas Forças Armadas e acabar com o estigma que previne que os soldados denunciem o caso.

O relatório apresentado nesta sexta-feira calcula que 4,3% das mulheres no serviço militar e 0,9% dos homens tiveram "algum tipo de contato sexual indesejado".

Para Obama, não há desculpas para violência em Baltimore:

Essas estimativas, que são projeções estatísticas, pois a maioria dos abusos não são denunciados, supõem uma redução de 27% em relação a 2012 e de 50% se comparadas a 2006.

O Pentágono informou que, quando as denúncias são feitas, as autoridades militares têm provas suficientes para disciplinar os responsáveis em três a cada quatro casos.

De acordo com o órgão, um baixo índice de denúncias permite a criação de uma sensação de impunidade e, com o tempo, estimula mais casos de abusos sexuais.

O encarregado de prevenção de abusos sexuais do Pentágono, Nathan Galbreath, admitiu que os soldados ainda acham que podem enfrentar represálias se denunciarem abusos sexuais, principalmente entre os homens.

Em entrevista coletiva, o secretário de Defesa, Ash Carter, apresentou um novo conjunto de iniciativas para combater os abusos sexuais.

"Somos uma organização que aprende. Quando identificamos um problema, enfrentamos. Continuaremos assim até acabar com os abusos sexuais", explicou Carter.

EFE   
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