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Estados Unidos

EUA pedem que Rússia explore opções para entregar Snowden

25 jun 2013 - 16h49
(atualizado às 16h54)
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O Departamento de Estado americano pediu nesta terça-feira à Rússia que mantenha "a boa cooperação" dos últimos meses em matéria policial e explore "todas as opções" para entregar Edward Snowden, acusado por Washington de espionagem.

O porta-voz do Departamento de Estado, Patrick Ventrell, disse hoje em entrevista coletiva que, apesar de não existir um tratado de extradição entre Moscou e Washington, a Rússia "tem a possibilidade de cooperar" como fez nos atentados de Boston, no último mês de abril.

"Acreditamos que há bases para a cooperação policial e de segurança para expulsar Snowden a partir das acusações contra ele e do status de seus documentos de viagem", declarou Ventrell.

O passaporte de Snowden foi cancelado pouco depois que na sexta passada se tornassem públicas as acusações contra ele e fosse solicitada sua extradição de Hong Kong, onde estava o ex-técnico terceirizado da Agência de Segurança Nacional (NSA).

Em comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Caitlin Hayden, afirmou que há "clara base legal" para proceder a entrega de Snowden "sem atraso" e com base na "forte cooperação policial e de segurança que temos" com a Rússia.

O porta-voz do Departamento de Estado lembrou hoje que no ano passado foram entregues às autoridades russas cerca de 100 pessoas procuradas pela Justiça do país.

O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou hoje que Snowden está na zona de passagem do aeroporto internacional de Moscou e não entrou na Rússia, ao mesmo tempo em que descartou sua extradição aos EUA, porque é um "homem livre".

Ventrell declarou que, da mesma forma que expressou o governo de Moscou, espera que o caso de Snowden, que revelou dados de dois programas de espionagem secretos, "não afete negativamente" as relações bilaterais.

O porta-voz de Estado comentou que entende a dificuldade do processo de entrega de Snowden, mas acredita que há vias para que a Rússia entregue uma pessoa que é suspeita de "acusações penais graves".

EFE   
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