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Oriente Médio

EUA: Panetta expressa confiança em general envolvido em escândalo

14 nov 2012 - 06h54
(atualizado às 12h04)
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O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, expressou nesta quarta-feira sua confiança no general John Allen e no trabalho que ele desempenha como comandante-em-chefe das tropas aliadas no Afeganistão

O secretário de Defesa americano preferiu diminuir a importância da suspensão do general Allen
O secretário de Defesa americano preferiu diminuir a importância da suspensão do general Allen
Foto: AP

"Ele certamente tem minha confiança para comandar nossas forças e manter a luta (no Afeganistão)", manifestou Panetta em entrevista coletiva na cidade australiana de Perth, um dia depois de ordenar uma investigação sobre Allen. "Ninguém deveria tirar nenhuma conclusão sobre esse assunto (antes do tempo)", indicou Panetta, que acompanhou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em uma reunião com autoridades australianas.

O chefe do Pentágono qualificou como uma "medida prudente" a decisão tomada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de deixar em suspenso a nomeação do general Allen como comandante aliado supremo da Otan em Bruxelas.

Panetta, no entanto, não deu maiores detalhes das investigações que o FBI e o Pentágono produzem sobre a correspondência que Allen manteve com Jill Kelley entre 2010 e 2012. Kelley foi uma peça fundamental para a renúncia de David Petraeus como diretor da CIA, uma vez que através dela foram descobertas as relações dele com a jornalista Paula Broadwell.

Entenda o caso

O general David Petraeus, que já comandou as tropas americanas nas guerras do Iraque e do Afeganistão, renunciou ao posto de chefe da CIA após o escândalo de seu envolvimento extraconjugal com sua biógrafa vir à tona. O caso começou a ser investigado em maio deste ano, quando Jill Kelley, socialite amiga da família Petraeus, informou a um amigo agente do FBI que estava recebendo e-mails anônimos com ameaças. Esse agente levou o caso para a divisão de crimes cibernéticos da agência.

Após uma investigação, feita à margem do Congresso e da Casa Branca, determinou-se que os e-mails para Kelley foram enviados por Paula Broadwell, cuja motivação seria o temor de que Petraeus estivesse se relacionando com a socialite. O FBI também apurou que o general e sua biógrafa mantiveram um caso e passou a investigar se isso levou ao vazamento de documentos confidenciais da CIA.

EFE   
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