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Estados Unidos

EUA não apoiarão tratado mundial de armas que exija restrições internas

15 mar 2013 - 23h19
(atualizado em 16/3/2013 às 01h13)
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta sexta-feira que apoia o Tratado de Comércio de Armas (TCA) internacional, desde que "não seja exigido nenhum tipo de restrição ao comércio nacional de armas de fogo dos EUA". A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou em outubro uma resolução convocando os países para outra sessão de negociações entre os dias 18 e 28 de março, após a suspensão feita em julho passado a pedido dos EUA e de outros países por mais tempo para discutir as propostas.

Kerry afirmou em comunicado que os "Estados Unidos estão cientes do seu compromisso para se chegar a um sólido e efetivo acordo do TCA que ajude a solucionar os efeitos do comércio mundial de armas na paz e estabilidade". O secretário de Estado disse que seu país busca "um tratado efetivo que reconheça que cada nação deve desenvolver e fazer cumprir seus próprios mecanismos nacionais de controle de exportações e importações".

Como uma condição para o seu apoio, os Estados Unidos só respaldarão um TCA que se refira às transferências internacionais de armas convencionais sem "impor nenhuma nova restrição ao comércio nacional de armas de fogo dos EUA ou aos exportadores americanos". "Não apoiaremos um tratado que seja inconsistente com as leis americanas e os direitos dos cidadãos americanos sob a Constituição, incluída a Segunda Emenda", disse Kerry.

A Segunda Emenda defende o direito de posse e uso de armas e a administração de Barack Obama reiterou que defende essa emenda, apesar do alto número de massacres que ocorrem nos Estados Unidos, dos quais a Casa Branca e o Senado responderam com propostas para melhorar os controles na venda de armas de fogo. Kerry afirmou que o TCA em nível internacional deverá "preservar a decisão de transferir armas convencionais de maneira responsável em nível nacional".

"As nações responsáveis devem ter sistemas de controle que ajudem a reduzir o risco que as transferências de armas convencionais possam ser utilizadas para a execução de crimes em nível mundial, inclusive o terrorismo e sérias violações dos direitos humanos", afirmou Kerry.

EFE   
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