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Estados Unidos

EUA mantêm Cuba em lista de países que patrocinam o terrorismo

30 mai 2013 - 15h37
(atualizado às 15h59)
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Os Estados Unidos mantêm Cuba junto com Irã, Sudão e Síria em sua lista de países que patrocinam o terrorismo, segundo o relatório anual sobre o terrorismo no mundo apresentando nesta quinta-feira pelo Departamento de Estado.

O governo americano assinala que Cuba, incluída na lista desde 1982, "continua proporcionando refúgio a vários membros da ETA" e "em anos passados" permitiu que guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se refugiassem na ilha ou transitassem por ela com destino a outros países.

O relatório reconhece, no entanto, que "não há indicações de que o governo de Cuba proporcione armas ou treinamento paramilitar a grupos terroristas", como havia informado em seu relatório de 2011.

"Relatórios de 2012 sugeriram que o governo cubano estava tentando distanciar-se dos membros da ETA que vivem na ilha com táticas como não proporcionar serviços, inclusive documentos de viagem, a alguns deles", assinala o documento.

Cuba seguiu, além disso, "refugiando fugitivos procurados nos Estados Unidos", aos quais proporciona casa, comida e atendimento médico, segundo o relatório, que lembra que em 2012 o país se comprometeu a lutar contra o terrorismo e a lavagem de dinheiro em seu território.

No último mês de fevereiro, alguns meios de comunicação indicaram que o Departamento de Estado cogitava retirar Cuba da lista, mas desde então vários legisladores pressionaram o governo de Barack Obama para que não desse esse passo, que, segundo ativistas e analistas, abriria o caminho a uma melhora de relações com a ilha.

Estar nesta lista inclui sanções como a proibição de venda e exportação de armas e a proibição de ajuda econômica.

Al-Qaeda

O núcleo da Al-Qaeda está "significantemente" debilitado e se centra "cada vez mais em sua própria sobrevivência", mas ainda é capaz de lançar ataques nacionais e internacionais desde seu refúgio no oeste do Paquistão, indicou o relatório.

"Como consequência da perda de muitos de seus líderes, a capacidade do núcleo da Al-Qaeda de dirigir as atividades e ataques de suas filiais diminuiu, enquanto seus líderes se centram cada vez mais na sobrevivência", afirma o texto.

As filiais da A- Qaeda, por sua vez, "seguem buscando atacar o 'inimigo distante', mas parecem mais inclinadas a perpetrar ataques de menor escala, mais próximos de sua base de operações", afirma.

Os Estados Unidos advertiram também que a atividade terrorista do Irã e da milícia libanesa Hezbollah alcançou um ritmo não visto desde a década de 1990, com ataques no sudeste asiático, na Europa e na África.

Segundo o relatório, o Irã apresentou um "notável" ressurgimento em seu patrocínio ao terrorismo ao longo do ano passado. O documento detalha que este aumento na atividade terrorista por parte do Irã aconteceu por meio da Guarda Revolucionária, seu Ministério de Inteligência e Segurança (MOIS) e seu aliado Hezbollah.

EFE   
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