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Estados Unidos

EUA: juiz decreta alimentação forçada para presos em greve de fome

20 ago 2013 - 00h52
(atualizado às 01h14)
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O juiz federal americano Thelton E. Henderson autorizou nesta segunda-feira as autoridades californianas a alimentar de maneira forçada os presos que há seis semanas iniciaram uma greve de fome para protestar contra as atuais condições carcerárias.

A decisão do juiz em questão deu um novo giro a uma queda de braço que 30 mil presos iniciaram contra o sistema de regime de isolamento no último dia 8 de julho. Atualmente, 129 réus se encontram em grave de fome, embora a metade deles tenha aderido à medida após a data citada.

O protesto foi iniciado em solidariedade com os réus da Prisão Estatal Pelican Bay, no norte da Califórnia, que, em alguns casos, chegaram a passar décadas fechados em celas de máxima segurança, sem janelas e com breves períodos para prática de exercício em um pátio com altos muros, ou seja, sem jamais ver a luz do dia.

As autoridades americanas consideram que um preso se encontra em greve de fome quando o mesmo não come por nove dias consecutivos.

Atualmente há 4,5 mil réus em regime de isolamento em quatro prisões da Califórnia: Pelican Bay, Corcoran, Folsom e Tehachapi.

As chamadas Unidades de Alojamento de Segurança (SHU, em inglês) são usadas para abrigar os presos mais perigosos, sendo que uma das reivindicações dos réus é que a estadia na SHU seja limitada a cinco anos.

Além disso, os presos dizem estar vivendo em condições desumanas, o que provocou protestos por parte da Anistia Internacional e outras organizações de defesa dos direitos humanos.

Diante deste contexto, a Corte Suprema dos EUA ordenou ao estado da Califórnia reduzir o excedente da população carcerária para aproximadamente 10 mil pessoas antes do fim de ano, uma medida que, para evitar uma suposta aglomeração, poderia provocar a libertação de inúmeros presos condenados por crimes graves.

A Califórnia abriga atualmente cerca de 130 mil presos em suas 33 prisões.

EFE   
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