PUBLICIDADE

Estados Unidos

EUA fecham embaixada em Bangcoc devido a protesto contra vídeo

17 set 2012 - 23h44
(atualizado em 18/9/2012 às 00h20)
Compartilhar

A embaixada dos Estados Unidos em Bangcoc afirmou nesta terça-feira (horário local) que irá fechar suas portas a partir do meio-dia devido a uma manifestação contra o polêmico vídeo sobre Maomé convocada para hoje.

Manifestantes se penduram em portão da embaixada americana em Sana, no Iêmen. Centenas de manifestantes invadiram nesta quinta-feira a representação durante um protesto contra um vídeo sobre o profeta Maomé considerado ofensivo pelos muçulmanos, que já causou ataques violentos contra legações americanas na Líbia e no Egito
Manifestantes se penduram em portão da embaixada americana em Sana, no Iêmen. Centenas de manifestantes invadiram nesta quinta-feira a representação durante um protesto contra um vídeo sobre o profeta Maomé considerado ofensivo pelos muçulmanos, que já causou ataques violentos contra legações americanas na Líbia e no Egito
Foto: AP

Veja imagens do polêmico filme anti-Islã
Origem de vídeo pivô de protestos é motivo de dúvidas e confusão
Filme polêmico põe EUA sob pressão no Egito, Líbia e Iêmen
Protestos, dia 1: egípcios rasgam bandeira dos EUA
Protestos, dia 2: embaixador dos EUA é morto na Líbia
Protestos, dia 3: embaixada dos EUA no Iêmen é cercada
Protestos, dia 4: fúria se espalha por África e Oriente Médio
Protestos, dia 5: Benghazi foi vingança por morte de líder, diz Al-Qaeda

A missão diplomática afirmou em comunicado que só será realizado o trabalho essencial e alertou os cidadãos americanos a aumentarem a precaução diante da possibilidade de incidentes violentos. "Como precaução, a embaixada dos EUA aconselha atuar com cautela e estar atento, particularmente em caso de aglomerações populares", disse a nota.

Ontem, pelo menos uma pessoa morreu nos protestos que se estenderam ao Afeganistão, Paquistão, Indonésia, Índia e Líbano, após as violentas manifestações na Líbia, Egito, Iêmen e Sudão. O motivo dos protestos foi o vídeo produzido nos Estados Unidos e considerado ofensivo ao profeta Maomé pelos muçulmanos.

No sábado, o Google decidiu manter o vídeo na internet, apesar de uma solicitação da Casa Branca para retirá-lo do YouTube. A empresa, no entanto, bloqueou o vídeo na Líbia, Egito, Índia, Indonésia e Malásia por ordens judiciais ou dos governos destes países.

O vídeo mostra cenas da vida do profeta Maomé, que é apresentado como fruto de uma relação ilegítima e aparece praticando sexo com uma mulher. Sua difusão provocou na terça-feira passada ataques contra as missões diplomáticas dos EUA no Egito e na Líbia, onde o embaixador americano Chris Stevens e outras três pessoas morreram. Os protestos se estenderam para outros países, causando um morto no Iêmen e três no Sudão.

Filme anti-islamismo desencadeia protestos contra EUA

Na última terça-feira, 11 de setembro, protestos irromperam em frente às embaixadas americanas do Cairo, no Egito, e de Benghazi, na Líbia, motivados por um vídeo que zombava do islamismo e de Maomé, o profeta muçulmano. No primeiro caso, os manifestantes destroçaram a bandeira estadunidense; no segundo, os ataques chegaram ao interior da embaixada, durante os quais morreram, entre outros, o embaixador e representante de Washington, Cristopher Stevens.

Os protestos se disseminaram-se contra embaixadas americanas em diversos países da África e do Oriente Médio. Sexta, 14 de setembro, registrou o ápice da tensão, quando eventos foram registrados em Túnis (Tunísia), Cartum (Sudão), Jerusalém (Israel), Amã (Jordânia)e Sanaa (Iêmen). No Cairo, as manifestações têm sido quase diárias. No dia 17, Afeganistão e Indonésia também tiveram protestos.

O vídeo que desencadeou esta onda de protestos no mesmo dia em que os Estados Unidos relembravam os atentados terroristas de 2001 traz trechos de Innocence of Muslims, filme produzido nos Estados Unidos sob a suposta direção de Nakoula Basseky Nakoula. Ele seria um cristão copta egípcio residente nos Estados Unidos, mas sua verdadeira identidade e localização ainda são investigadas. O filme, de qualidades intelectual e cultural amplamente questionáveis, zomba abertamente do Islã e denigre de a imagem de Maomé, principal nome da tradição muçulmana.

A Casa Branca lamentou o conteúdo do material, afirmou não ter nenhuma relação com suas premissas e ordenou o reforço das embaixadas americanas. No dia 15 de setembro, a Al-Qaeda emitiu um comunicado no qual afirmava que a ação em Benghazi foi uma vingança pela morte do número 2 da rede terrorista no Iêmen em um ataque do Exército.

EFE   
Compartilhar
Publicidade