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Ásia

EUA fecham acordo para maior presença militar nas Filipinas

28 abr 2014 - 01h13
(atualizado às 01h19)
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Estados Unidos e Filipinas assinaram nesta segunda-feira um acordo que permitirá uma maior presença de tropas americanas nas bases militares filipinas, a poucas horas da chegada de Barack Obama a Manila na última etapa de sua viagem pela Ásia.

O Acordo de Cooperação para a Melhora da Defesa (EDCA, na sigla em inglês) foi assinado pelo ministro da Defesa filipino, Voltaire Gazmin, e pelo embaixador dos Estados Unidos, Philip Goldberg, em Camp Aguinaldo, o quartel-general das Forças Armadas das Filipinas.

Segundo Goldberg, o acordo servirá para que tanto os EUA como as Filipinas possam "enfrentar situações de segurança mais complexas, lutar contra o terrorismo e melhorar a ajuda humanitária em desastres naturais, como o (ciclone) Haiyan".

"O EDCA é um reconhecimento que podemos fazer mais para promover a paz e segurança na região", disse Goldberg na breve cerimônia de assinatura. O embaixador também quis esclarecer que os EUA "não vão voltar a abrir bases militares permanentes nas Filipinas", antiga colônia americana.

O ministro da Defesa filipino afirmou que com o pacto se pretende "desenvolver a aliança" entre os dois países que permitirá que "infraestruturas e equipamentos estejam disponíveis quando for necessário".

Embora até o momento os detalhes do pacto sejam desconhecidos, fontes consultadas pela imprensa local asseguram que o acordo terá uma duração de 10 anos. O pacto entre Estados Unidos e Filipinas acontece quando Manila se encontra em plena disputa territorial com Pequim por várias ilhas no Mar do Sul da China, na qual aconteceram vários incidentes entre pescadores e forças navais dos dois países.

Os Estados Unidos aumentarão sua presença militar nas Filipinas, onde até agora tinha apenas 500 soldados dedicados ao treinamento de forças antiterroristas. Grupos de ativistas filipinos que se opõem a este pacto continuavam nesta segunda-feira nas ruas de Manila os protestos iniciados na quarta-feira contra o acordo e a visita de Obama.

"Os Estados Unidos procuram manter seu domínio na região violando a soberania nacional e saqueando as economias de seus supostos 'aliados'", afirma em comunicado o secretário-geral do grupo ativista filipino Bayan, Renato Reyes.

Obama chega nesta segunda-feira às Filipinas, sua quarta e última parada em sua viagem asiática, onde se reunirá com seu colega filipino, Benigno Aquino, com quem deve debater, entre outras questões, a estratégia militar dos dois países.

EFE   
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