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Estados Unidos

EUA esperam retomar diálogo com Bolívia após posse de Morales

5 jan 2010 - 21h51
(atualizado às 21h55)
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Os Estados Unidos esperam retomar o diálogo com o governo boliviano depois que o presidente da Bolívia, Evo Morales, assumir seu segundo mandato no próximo dia 22.

O encarregado de negócios da embaixada dos EUA em La Paz, John Creamer, falou sobre o assunto após comparecer a um ato protocolar organizado pela Corte Nacional Eleitoral para entregar credenciais aos novos membros do Poder Legislativo boliviano.

"Temos o compromisso e a esperança de que vamos retomar o processo de diálogo depois de 22 de janeiro para melhorar nossas relações, construir melhores canais de comunicação e identificar áreas onde podemos trabalhar em conjunto", disse Creamer, segundo a agência de notícias estatal ABI.

"Recebemos algumas críticas, mas ao mesmo tempo recebemos o compromisso de buscar uma melhor relação. Acho que os dois lados seguemo com essa tarefa", acrescentou.

Os Governos de EUA e Bolívia iniciaram em maio passado um diálogo para melhorar as relações bilaterais e estabelecer um acordo de respeito mútuo cuja assinatura estava prevista para novembro de 2009, mas até agora não tem data definitiva.

Até o momento, La Paz e Washington não restituíram os embaixadores expulsos de ambos os países em setembro de 2008.

Morales chegou a dizer que a Embaixada dos Estados Unidos esteve envolvida em uma suposta conspiração contra seu Governo, o que foi negado por Washington.

O presidente boliviano também expulsou a DEA, agência antidrogas dos EUA, da Bolívia, enquanto Washington decidiu não incluir o país em seu programa de benefícios tarifários para nações andinas, conhecido como ATPDEA.

Nesta semana, o vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, disse que a Bolívia queria desenvolver relações com "a potência e o maior mercado do mundo", ao falar dos EUA, mas não em troca de se transformar em "escrava" dos americanos.

"Não queremos mercado em troca de que nos digam quem deve ser o ministro, não queremos preferências tarifárias em troca de que nos digam qual deve ser nossa política econômica, porque seríamos escravos, um governo servil", afirmou García Linera.

EFE   
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