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Estados Unidos

EUA enviarão 3 mil soldados para ajuda contra ebola

A OMS disse que precisa de equipes médicas estrangeiras com 500 a 600 especialistas, assim como pelo menos 10.000 trabalhadores locais de saúde

16 set 2014 - 10h01
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Os EUA vão enviar ajuda para conter ebola na África
Foto: Kevin Lamarque / Reuters

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira que enviarão 3 mil soldados para ajudar a controlar o surto de Ebola na África, como parte de uma reposta que inclui um grande destacamento na Libéria, o país onde a epidemia tem se espalhado mais rapidamente.

A resposta dos EUA à crise, que ainda será formalmente revelada pelo presidente Barack Obama, inclui planos para a construção de 17 centros de tratamento, o treinamento de milhares de trabalhadores de saúde e estabelecer um centro militar de controle para a coordenação, disseram autoridades do país a repórteres.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que precisa de equipes médicas estrangeiras com 500 a 600 especialistas, assim como pelo menos 10.000 trabalhadores locais de saúde, números que podem crescer se a quantidade de casos aumentar, conforme se prevê.

Até agora, Cuba e China disseram que vão enviar equipes médicas para Serra Leoa. Cuba contribuirá com 165 pessoas, enquanto a China mandará um laboratório móvel e 59 pessoas para acelerar os testes de detecção da doença. O país já tem 115 pessoas e financia um hospital lá.

Mas a Libéria é o lugar onde a doença parece estar fora do controle. A OMS não divulga nenhuma estimativa de casos ou mortes pela doença no país desde 5 de setembro, e a diretora-geral da organização, Margaret Chan, disse que não há um único leito disponível para pacientes com Ebola no país.

A Libéria, um país fundado por descendentes de escravos norte-americanos libertos, apelou por ajuda dos EUA na semana passada.

Um representante da ONU no país nesse na sexta-feira que seus colegas haviam dito à população local que usasse sacolas plásticas para se proteger do vírus mortal, na falta de qualquer outro equipamento de proteção.

Já os Médicos Sem Fronteiras, uma ONG que tem liderado a luta contra o Ebola, disse estar sobrecarregada e repetiu seus pedidos de ajuda imediata e substancial.

“Estamos honestamente confusos em ver como apenas uma única ONG, privada, está fornecendo a maior parte das unidades de isolamento e leitos”, disse a presidente da entidade, Joanne Liu, em um discurso às Nações Unidas em Genebra, acrescentando que a instituição teve que recusar pacientes em Monróvia.

“Pessoas altamente infectadas são forçadas a voltar para casa, apenas para infectar outros e continuar a espalhar esse vírus mortal. Tudo isso por falta de resposta internacional”, disse ela.

Obama, que qualificou a epidemia de crise de segurança nacional, enfrentou críticas por não ceder mais ajuda para conter o surto, o qual, segundo a OMS, já matou 2.461 pessoas em 4.985 casos registrados no oeste africano.

O presidente visitará o Centro para Controle de Doenças em Atlanta nesta terça-feira para mostrar seu comprometimento. O esforço que ele anunciará deve incluir 3.000 soldados e um centro de comando conjunto em Monróvia, capital da Libéria, para coordenar os esforços com o governo dos EUA e outros parceiros internacionais.

A administração de Obama pediu 88 milhões de dólares adicionais para combater o Ebola, incluindo 58 milhões para acelerar a produção da droga antiviral ZMapp e duas potenciais vacinas para a doença.

Representantes do Departamento de Defesa pediram um remanejamento de 500 milhões de dólares em fundos para o ano fiscal de 2014 para ajudar a cobrir os custos da missão humanitária.

Foto: Arte Terra

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