PUBLICIDADE

Estados Unidos

EUA entraram "tarde" em esforço de paz na Síria, diz Kerry

Segundo secretário de Estado americano, Estados Unidos estão tentando evitar o colapso total do país

3 jun 2013 - 17h25
(atualizado às 17h31)
Compartilhar
Exibir comentários
<p>O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, durante visita a Moscou</p>
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, durante visita a Moscou
Foto: AP

Os Estados Unidos iniciaram "tarde" um esforço para acabar com a guerra civil na Síria e estão tentando evitar o colapso total do país, disse o secretário de Estado americano, John Kerry, nesta segunda-feira.

"Este é um processo muito difícil, no qual entramos tarde", afirmou Kerry em uma entrevista coletiva, falando de um esforço russo-americano para levar as partes em conflito a uma conferência de paz em Genebra, que pode resultar num governo de transição.

"Estamos tentando evitar que a violência sectária arraste a Síria a uma implosão completa e total, dividida em enclaves e com as instituições do Estado destruídas. Deus sabe quantos refugiados e quantas pessoas inocentes foram mortas", acrescentou.

Pelo menos 80 mil pessoas morreram no levante de dois anos contra o presidente sírio, Bashar al-Assad, pertencente à minoria alauíta e cuja família governa a Síria há mais de quatro décadas.

Grupos humanitários dizem que cerca de 1.500 feridos podem ser presos na cidade sitiada de Qusair pelos combates entre rebeldes e forças de Assad, que são apoiadas por combatentes do grupo militante xiita do Líbano, o Hezbollah.

A conferência de paz que Kerry espera convocar visa a implementação de um acordo discutido há 11 meses, também em Genebra, que pediu o fim da violência e a formação de um governo de transição por "consentimento mútuo".

Kerry disse que ele e o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, conversaram na sexta-feira e continuam empenhados em tentar organizar a conferência de paz, conhecida como Genebra II, mas ressaltou que as partes envolvidas é que precisam participar.

"Os Estados Unidos podem pressionar e convencer ... mas no final, as pessoas no conflito vão ter que decidir no que elas estão dispostas a se envolver", disse Kerry em conferência de imprensa com o chanceler polonês, Radek Sikorski.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade