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Estados Unidos

EUA e Venezuela concordam em melhorar relação bilateral, diz Kerry

5 jun 2013 - 20h10
(atualizado às 20h34)
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O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse nesta quarta-feira que concordou com o chanceler da Venezuela, Elías Jaua, em buscar formas para obter relações mais construtivas entre os dois países.

Kerry acrescentou que a recente libertação por parte da Venezuela de um cineasta norte-americano acusado de espionagem é um "desenvolvimento positivo" nas relações bilaterais.

Washington irritou o governo da Venezuela por demorar no reconhecimento do novo presidente do país, Nicolás Maduro, o sucessor escolhido do falecido líder socialista Hugo Chávez.

"Nós concordamos hoje (quarta-feira), nós dois, que gostaríamos de ver nossos países encontrarem um novo caminho adiante, estabelecer uma relação mais construtiva e positiva", disse Kerry, após uma reunião com Jaua, nos bastidores da Assembleia-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) na cidade colonial guatemalteca de Antigua.

"Para isso, nós concordamos hoje que haverá um contínuo e permanente diálogo entre o Departamento de Estado e o Ministério das Relações Exteriores e vamos tentar definir uma agenda de comum acordo pela qual possamos trabalhar juntos."

Kerry disse que espera que os dois países possam rapidamente nomear embaixadores mútuos, ausentes de ambos os países desde 2010.

O destino do cineasta Timothy Hallet Tracy tinha sido visto como um teste das intenções de Maduro com Washington, após anos de hostilidade de Chávez, que morreu de câncer em março. A Venezuela anunciou nesta quarta-feira ter deportado Tracy.

Durante uma viagem à América Latina no início de maio, o presidente norte-americano, Barack Obama, chamou as acusações de que Tracy era um espião de "ridículas", enfurecendo o governo da Venezuela e revivendo acusações de "intromissão imperialista", o que era rotina durante o regime de 14 anos de Chávez.

O ex-motorista de ônibus Maduro, que foi eleito presidente em 14 de abril, chegou a descrever Obama como "o grande chefe dos demônios" e emitiu uma nota formal de protesto.

Uma autoridade dos EUA disse nesta semana que as preocupações permaneciam sobre como as profundas divisões pós-eleitorais na Venezuela seriam resolvidas. A oposição contestou a eleição apertada e disse que a vitória de Maduro foi fraudulenta.

(Reportagem de Lesley Wroughton)

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