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Estados Unidos

EUA doam mais US$ 28 milhões para combater fome na Somália

20 jul 2011 - 14h40
(atualizado às 15h57)
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A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, anunciou nesta quarta-feira a contribuição de US$ 28 milhões adicionais para atenuar a crise humanitária na Somália, depois que a ONU decretou estado de crise de fome em duas regiões do país.

Assim, os EUA elevam para US$ 459 milhões a quantia doada para ajudar o país africano neste ano, visto que já havia fornecido US$ 431 milhões em alimentos e outras ajudas.

Os novos fundos estarão disponíveis de forma imediata e serão dirigidos a todo o país e aos refugiados somalis no Quênia, especificou a secretária de Estado em comunicado.

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com a emergência humanitária no Chifre da África (Somália, Etiópia, Djibuti e Eritreia) e com o anúncio da ONU de que há uma situação de crise de fome em algumas partes da Somália", declarou Hillary.

A crise decretada nesta quarta-feira pela ONU afeta as regiões de Bakool e Lower Shabelle, no sul do país, e é algo inédito no país nos últimos 20 anos.

A organização pediu à comunidade internacional US$ 300 milhões, com os quais poderia "salvar vidas de maneira imediata", segundo declarou nesta quarta-feira em Nairóbi o coordenador de Assuntos Humanitários da ONU para a Somália, Mark Bowden.

Hillary lembrou que os Estados Unidos são "o maior doador bilateral de ajuda emergencial ao leste do Chifre da África", e que trabalham para dar assistência a mais de 11 milhões de pessoas que sofrem os efeitos da seca na Somália, Quênia, Etiópia e Djibuti.

"Mas não é suficiente", acrescentou. "Estima-se que a necessidade aumente e os EUA e a comunidade internacional têm que fazer mais".

A titular de exteriores americana lembrou que o Chifre da África vive uma crítica situação de insegurança alimentar agravada pela seca, que afetou as colheitas e o gado e fez os preços dos alimentos dispararem.

Os 20 anos sem um governo central na Somália e o "incessante terrorismo" do grupo islâmico radical Al Shabab transformaram uma situação já grave em extrema, indicou.

Quase a metade da população somali, de cerca de 3,7 milhões de pessoas, está em situação de crise humanitária, das quais 2,8 milhões residem no sul, segundo os dados divulgados pelas ONU.

EFE   
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