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Estados Unidos

EUA dizem ser absurdo sugerir que irão ceder demais em conversas com Irã

29 jun 2015 - 18h11
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Os Estados Unidos rejeitaram nesta segunda-feira as críticas de que potências globais que negociam um acordo nuclear com o Irã vêm fazendo concessões demais, dizendo que esperam obter um bom acordo, mas que não têm certeza de que isso seja possível.

Secretário de Estado norte-americano, John Kerry (esquerda), conversa com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, durante reunião em Viena, na Áustria, nesta segunda-feira. 29/06/2015
Secretário de Estado norte-americano, John Kerry (esquerda), conversa com o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, durante reunião em Viena, na Áustria, nesta segunda-feira. 29/06/2015
Foto: Carlos Barria / Reuters

Uma autoridade norte-americana de alto escalão afirmou sob condição de anonimato que as negociações continuarão após o prazo de terça-feira para que se alcance um acordo abrangente, de forma a abrir caminho para a suspensão das sanções em troca de limites às atividades nucleares mais sofisticadas do Irã durante pelo menos uma década.

O Ocidente suspeita que o Irã possa estar desenvolvendo em segredo a tecnologia que permitiria construir armas nucleares, mas Teerã afirma que seu programa só tem fins pacíficos.

A autoridade dos EUA foi instada a responder às críticas públicas à delegação de seu país nas conversas e às insinuações de que o governo do presidente norte-americano, Barack Obama, vem fazendo concessões excessivas por estar desesperado para fechar um acordo.

"Ainda não sabemos se conseguiremos chegar lá", disse. "Queremos, temos esperança, mas não sabemos."

No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou o grupo de países negociadores --EUA, China, França, Grã-Bretanha, Rússia e Alemanha-- de voltar atrás em suas posições rígidas nas tratativas.

"Vemos diante de nossos próprios olhos um retrocesso marcante das linhas vermelhas que as potências mundiais estabeleceram muito recentemente, e publicamente", afirmou ele. "Não há motivo para assinar correndo esse acordo ruim, que está piorando a cada dia."

(Reportagem de Louis Charbonneau, John Irish e Arshad Mohammed)

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