PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Estados Unidos

EUA dizem que terrorismo de Irã e Hezbollah é maior desde 1990

30 mai 2013 - 16h04
(atualizado às 16h43)
Compartilhar
Exibir comentários

Os Estados Unidos advertiram nesta quinta-feira que a atividade terrorista do Irã e da milícia libanesa Hezbollah alcançou um ritmo não visto desde a década de 1990, com ataques no sudeste asiático, na Europa e na África. Segundo o relatório anual sobre o terrorismo no mundo apresentado hoje pelo Departamento de Estado e relativo a 2012, o Irã apresentou um "notável" ressurgimento em seu patrocínio ao terrorismo ao longo do ano passado.

O relatório detalha que este aumento na atividade terrorista por parte do Irã aconteceu por meio da Guarda Revolucionária, seu Ministério de Inteligência e Segurança (MOIS) e seu aliado Hezbollah. Os EUA conservam o Irã como país patrocinador do terrorismo desde 1984 e destacam que aumentou sua atividade em 2012, com ataques e tentativas de atentado em Índia, Tailândia, Geórgia e Quênia; além de proporcionar "apoio financeiro, material e logístico" a grupos do Oriente Médio e da Ásia Central.

O relatório acusa o Irã de facilitar "extenso treinamento, fundos e armas para ajudar o governo de Bashar al Assad" na Síria e de proporcionar os mesmos recursos ao Hamas e outros grupos palestinos, além de grupos militantes xiitas no Iraque. Além disso, "proporcionou centenas de milhões de dólares em apoio" ao grupo xiita Hezbollah no Líbano e treinou "milhares" de combatentes dessa organização em campos no Irã.

Os EUA também advertiram que o Irã continuou tentando expandir sua presença e suas relações bilaterais na América Latina, e ressaltou as visitas de seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, a Cuba, Equador, Nicarágua e Venezuela durante 2012.

Em relação à Síria, o relatório indica que "continua seu apoio político a uma variedade de grupos terroristas que afetam a estabilidade da região e além", e que "sua relação com o Hezbollah e o Irã parece ter se fortalecido ao longo do conflito no país". De acordo com o relatório, o presidente sírio "seguiu expressando apoio público a grupos terroristas palestinos como elementos da resistência contra Israel", e proporcionou "refúgio" a exilados palestinos, enquanto o regime "apresentava a própria Síria como vítima do terrorismo".

Sobre o Sudão, incluído na lista desde 1993, os EUA reconhecem que cooperou no ano passado na luta antiterrorista, mas continua sendo "base logística" e "ponto de passagem" de extremistas violentos que se dirigem a Mali e Afeganistão. "Também há evidências que extremistas sudaneses participaram de atividades terroristas na Somália e no Mali" e o governo apoia a presença do Hamas, segundo o documento.

ETA

Os Estados Unidos mantiveram o grupo espanhol ETA na lista de organizações terroristas e elogiaram no documento a cooperação e o intercâmbio de informações do governo espanhol em matéria antiterrorista. "A Espanha continua enfrentando a ameaça que o grupo terrorista local ETA significa, assim como a ameaça transnacional que significam Al-Qaeda e seus filiados", adverte o governo americano em seu relatório.

O documento afirma ainda que "centrada em uma cooperação internacional sustentada, especialmente na França, a Espanha alcançou um considerável sucesso na luta contra o ETA após debilitar o grupo terrorista que em outubro de 2011 anunciou uma suspensão definitiva de sua atividade armada, reconfirmada pelo ETA em 9 de julho de 2012 em comunicado".

No entanto, os Estados Unidos remetem ao relatório publicado em abril pela Europol e adverte que o ETA continua ativa tentando recrutar novos membros e obtendo informação de possíveis novos alvos. Apesar de ter anunciado a cessação da violência, a banda não anunciou a entrega de armas ou a dissolução da organização terrorista, assinala o relatório de Washington.

O relatório destaca a detenção, em cooperação com as autoridades de outros países europeus, de dois dos terroristas mais procurados do ETA, Antonio Troitiño e Ignacio Lerín. Por outro lado, menciona as investigações que ainda estão em curso sobre possíveis vínculos entre o ETA e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade